Claudia Sheinbaum rebate Trump e ameaça retaliar tarifas dos EUA

Presidente do México criticou medidas anunciadas pelo futuro líder do país vizinho

Da Redação

Claudia Sheinbaum, presidente do México, e Donald Trump, presidente eleito dos EUA
REUTERS/Raquel Cunha/File Photo/REUTERS/Carlos Barria/File Photo

Claudia Sheinbaum, presidente do México, criticou o anuncio do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de que tarifas de 25% serão impostas a todos as importações mexicanas.

A mandatária escreveu uma longa carta ao político norte-americano na qual afirma que as propostas sugeridas por ele aumentarão a inflação e terão um impacto negativo na geração de empregos.

Ela ainda ameaçou retaliar a medida e impor tarifas em produtos importados pelo México dos Estados Unidos.

“Para cada tarifa, haverá uma resposta proporcional, até colocarmos em risco nossas empreitadas compartilhadas. Sim, compartilhadas. Por exemplo, entre as principais exportadores do México para os Estados Unidos, estão a General Motors, Stellantis e a Ford Motor Company. Por que impor uma tarifa que as colocaria em risco? Uma medida como essas seria inaceitável e levaria a inflação e a perdas de empregos tanto nos Estados Unidos quanto no México”, escreveu Claudia. 

Em outro ponto da carta, ela critica duramente a justificativa que Trump deu para a aplicação de tais medidas. "Até que as drogas, em particular o fentanil, e todos os imigrantes ilegais parem esta invasão do nosso país. Tanto o México quanto o Canadá têm o direito e o poder absolutos para resolver facilmente esse problema", afirmou ele em sua rede social Truth Social.

Em sua carta, Claudia Sheinbaum disse que a culpa pela situação das drogas é, na verdades, dos próprios unidos.

“70% das armas ilegais apreendidas de criminosos no México saem de seu país. Nós não produzimos essas armas e não consumimos drogas sintéticas. Tragicamente, é em nosso país que vidas são perdidas para a violência que resulta de manter a demanda por drogas de seu país. Presidente Trump, imigração e consumo de drogas nos Estados Unidos não podem ser resolvidos por meio de ameaças e tarifas. O que precisamos é de cooperação e entendimento mútuo”, destaca ela.

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