O clã do bicheiro histórico Castor de Andrade perpetua uma briga sangrenta pelo comando do jogo do bicho no Rio de Janeiro há décadas. Desde a morte de Castor, a família protagoniza cenas de guerra no subúrbio e em bairros de classe média e alta da capital fluminense.
Segundo especialistas, a briga no clã Andrade ocorre porque Castor de Andrade não deixou claro quem seria seu sucessor. O que abriu um vácuo que tenta ser ocupado por diferentes frentes da família.
Fernando x Paulinho x Rogério
Após a morte de Castor, Fernando Iggnácio, genro de Castor, herdou o controle das máquinas de caça-níquel e o filho de Castor Paulinho Andrade, com o jogo do bicho. Porém, um queria o espaço do outro. Rogério Andrade, que auxiliava Paulino no jogo do bicho, revolveu investir também no caça-níquel e passou a invadir parte do negócio de Fernando. O que deflagrou a guerra.
Segundo a Polícia Federal a disputa entre os dois, entre 1999 e 2007, resultou em 50 mortes.
Em 1998, Paulinho Andrade foi assassinado com cinco tiros na Avenida das Américas, na Barra da Tijuca. A polícia acredita que o mandante desse crime seja Rogério Andrade.
Já em 2020, Fernando Iggnácio, genro de Castor, foi executado com tiros na cabeça, no Recreio. Com a morte dos dois “herdeiros diretos”, Rogério de Andrade assumiu como a figura de comando do jogo do bicho e caça níqueis. Rogério é sobrinho do bicheiro Castor de Andrade.
Rogério sofre tentativas assassinato e carro de seu filho explode
Em 2001, Rogério de Andrade foi vítima de uma tentativa de assassinato, porém a arma do atirador falhou na execução do crime. Já em 2010, o filho de Rogério morreu após o carro onde ele estava com o pai explodir.
Em 2017, criminosos atiraram contra Rogério e sua mulher quando eles estavam chegando na casa onde moram na Barra da Tijuca no Rio. O contraventor sofreu apenas ferimentos leves.