Cinco anos depois, acusados de matar jovem e filmar execução vão a júri no RS

Paola Avaly Corrêa foi colocada em uma cova aberta na mata e morta a tiros em Porto Alegre, em maio de 2018

Da redação

Paola Avaly Corrêa tinha 18 anos e foi morta a tiros
Reprodução

Cinco anos depois de um crime que chocou o Rio Grande do Sul, seis acusados de matar e ocultar o cadáver da jovem Paola Avaly Corrêa, em 2018, vão a julgamento. O júri será em duas etapas: três acusados serão julgados nesta terça-feira (28), em Porto Alegre: Vinicius Matheus da Silva, Carlos Cleomir Rodrigues da Silva e Paulo Henrique Silveira Merlo. Os outros três vão a julgamento na quinta-feira (2): Nathan Sirangelo, Bruno Cardoso Oliveira e Thais Cristina dos Santos.

Todos responderão em plenário por homicídio qualificado (motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio), e ocultação de cadáver.

Paola foi raptada no dia 13 de maio de 2018, amarrada, jogada em uma cova feita e um matagal e morta a tiros. O corpo foi deixado no local e achado quatro dias depois, na Vila Tamanca, Bairro Lomba do Pinheiro. A morte foi filmada e o vídeo divulgado em aplicativo de mensagens e em redes sociais. A jovem tinha 18 nos.

O envolvimento nos fatos de um adolescente foi processado na esfera da Infância e da Juventude, resultando na condenação de cumprimento de medida socioeducativa de internação sem possibilidade de atividades externas, em agosto de 2018.

Julgamento

Vinicius Silva (25 anos), é apontado como autor do rapto, ao lado de Carlos (39), e do disparo contra a vítima. Paulo Henrique (40) teria participado cavando o buraco em que a vítima foi colocada.

O mandante do crime, ainda segundo a peça acusatória, Nathan Sirangelo (27). Ele teria ordenado os crimes de dentro da Cadeia Pública da Capital gaúcha, depois que Paola, com quem manteve relacionamento, fez postagem que o desagradou, inclusive em relação à sua posição de liderança do tráfico de drogas.

Ao lado dele estarão Bruno Oliveira (28), a quem é atribuído o planejamento e convocação dos comparsas, e Thais Santos (24), acusada de ceder a casa para esconder a vítima, indicar o local e filmar a execução.

A pena prevista no Código Penal para o crime de homicídio qualificado é de reclusão, de 12 a 30 anos. A ocultação de cadáver tem previsão de pena de reclusão, de um a três anos, e multa.

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