Chuva de meteoros atinge pico nesta quarta-feira e pode ser vista até o Natal

Fenômeno é observado desde 1800 e foi crescendo ao longo dos anos

Da Redação

A Chuva de Meteoros Geminídeas, uma das maiores deste ano, teve seu pico na madrugada desta quarta-feira (14), mas ainda poderá ser vista nos próximos dias, até 24 de dezembro. 

O pesquisador Carlos Fernando Jung, responsável pelo Observatório Espacial Heller & Jung, em Taquara, na região metropolitana de Porto Alegre, conta que o fenômeno ocorre todos os meses de dezembro, quando a Terra entra na mesma órbita desses fragmentos.

Eles, então, são atraídos pela Terra e alguns conseguem passar pela atmosfera, formando a chuva de meteoros. Esta, que já cai há duas semanas, é originária do cometa Phaethon.

“Esta chuva é uma das maiores do ano e pode produzir 30 a 40 meteoros [visíveis a olho nu] por hora”, conta o professor Carlos Jung. 

De acordo com o professor, não são necessários equipamentos especiais para ver o fenômeno. “Diferentemente de algumas chuvas, a Chuva de Meteoros Geminídeas é sempre muito esperada. Não são necessários equipamentos para a observação. Todos podem observar a olho nu estes meteoros. Os fragmentos desta chuva são originados do Cometa Phaethon”, explica. 

No total, cem a 120 meteoros por hora podem atingir 35 quilômetros por segundo.

“O observador deve olhar na direção da Constelação de Gêmeos, onde os meteoros devem entrar em nosso planeta. Olhem ao Norte para visualizar melhor os meteoros”, recomenda. 

Após o pico da madrugada, a chuva de meteoros perde força, mas ainda acontece pelos próximos dias, até o Natal.

Jung lembra que 95% dos meteoros são extintos na entrada de nossa atmosfera. Os que conseguem passar e atingem o solo podem ser de tamanhos bem diferentes, chegando a pesar vários quilos.

O observatório posicionou câmeras para transmitir chuva de meteoros 24 horas, pelo YouTube.

Chuva de Meteoros Geminídeas

Observada pela primeira vez em meados de 1800, a Chuva de Meteoros Geminídeas inicialmente tinha apenas 20 meteoros visíveis por hora, no máximo. Desde então, a Geminídeas reapareceu a cada ano, ficando cada vez mais forte em número. Na década de 1960, o evento ultrapassou a substancial Perseidas de agosto, que já foi a chuva mais forte, com taxas de 50 a 100 meteoros visíveis por hora.

A Geminídeas é única porque sua fonte é o asteroide 3200 Phaethon, enquanto a maioria das outras chuvas de meteoros nascem de detritos de cometas gelados. É por isso que o fluxo da Geminídeas pode ser imprevisível – porque é mais difícil modelar separações de asteroides.

O asteroide 3200 Phaethon comporta-se como um cometa quando se aproxima do Sol. Ele também tem uma órbita, que completa uma volta a cada 1,4 anos ou mais, que está mais próxima do sol do que qualquer outro asteroide. Quando o 3200 Phaethon está perto da Terra, o asteroide lança seus detritos empoeirados, daí a exibição da Geminídeas. 

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