Os cidadãos chilenos rejeitaram a proposta da nova Constituição do país, que substituiria o texto em vigor desde a ditadura de Augusto Pinochet. Neste domingo (17), eleitores foram às urnas para votarem no plebiscito sobre o tema. Mais de 55% disseram não à proposta.
O que seria a nova Constituição foi escrita por uma comissão, majoritariamente, de direita. Especialistas avaliam que o texto não aprovado chega a ser mais conservador que o atual.
A proposta foi escrita com 216 artigos, com foco nos direitos de propriedade privada e mudanças de regras em temas como aborto e imigração.
Esta é a segunda tentativa, em pouco mais de um ano, de aprovar uma nova versão da Constituição chilena. A pressão para reescrever o documento aumentou há quatro anos. Em 2019, depois que o governo do então presidente Sebastián Piñera anunciou aumento na tarifa de metrô, manifestantes foram às ruas pedir uma nova Carta Magna.
No ano passado, uma versão escrita por um órgão mais à esquerda não passou. A proposta garantia proteções ambientais e amplitude de direitos.