Chegam ao Egito 28 bebês retirados de hospital em Gaza

Prematuros estavam entre os 31 bebês internados no Al-Shifa, maior hospital do enclave palestino, que a OMS descreveu como uma "zona da morte”

Por Deutsche Welle

Chegam ao Egito 28 bebês retirados de hospital em Gaza Reprodução
Chegam ao Egito 28 bebês retirados de hospital em Gaza
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O Egito recebeu nesta segunda-feira (20/11) 28 bebês prematuros palestinos, dos 31 que haviam sido evacuados da Cidade de Gaza, informou a mídia egípcia.

As crianças foram retiradas no domingo do Al-Shifa, o maior hospital da Faixa de Gaza, que a Organização Mundial da Saúde (OMS) descreveu como uma "zona da morte”, em meio a operações das forças israelenses, que afirmam que o grupo Hamas usava o centro médico como base.

Hospital não tem água potável nem alimentos

O Al-Shifa ficou dias atrás sem água potável, alimentos e insumos médicos, em meio a incursões por parte das forças militares israelenses no interior do centro médico.

O traslado dos bebês ocorreu simultaneamente ao anúncio do Ministério da Saúde de Gaza de que todos os hospitais da Cidade de Gaza estão fora de serviço e que só restam duas pequenas clínicas ainda em funcionamento na cidade.

A emissora de TV estatal Al-Qahera News informou que os 28 bebês chegaram ao Egito através da passagem de Rafah, o único ponto de entrada e saída do território palestino que não é controlado por Israel. Outros três ficaram para trás, no hospital Emirati, em Rafah, no sul de Gaza, segundo a OMS.

A Al-Qahera News, transmitiu ao vivo imagens do traslado os bebês das ambulâncias palestinas a incubadoras, em seguida, a ambulâncias egípcias, após serem submetidos a um rápido exame médico.

Bebês têm infecções graves

A Al-Qahera News disse que os bebês transferidos na segunda-feira foram colocados em incubadoras.

O chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse no domingo que 31 bebês "muito doentes” foram transferidos em uma operação conjunta com a ONU e a Sociedade Palestina do Crescente Vermelho.

Os médicos descobriram que "todos os bebês estão sofrendo de infecções graves devido à falta de suprimentos médicos e à impossibilidade de continuar as medidas de controle de infecções no hospital Al-Shifa”, disse o Crescente Vermelho.

Nenhum dos bebês foi acompanhado por familiares durante a retirada, disse a OMS, uma vez que o Ministério da Saúde administrado pelo Hamas em Gaza não conseguiu localizá-los.

md (EFE, AFP)

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