‘Chegada do Centrão é demonstração que presidente quer melhorar interlocução’, diz líder do governo no Congresso

O líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB) foi entrevistado com exclusividade no Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes

Rádio Bandeirantes

A chegada do Centrão a um dos ministérios mais importantes do governo é uma demonstração de que o presidente quer melhorar a interlocução com outros partidos. A declaração é do líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes, do MDB, em entrevista ao Jornal Gente na Rádio Bandeirantes.

Nesta quarta-feira (28), a minirreforma ministerial foi oficializada no Diário Oficial da União. O senador Ciro Nogueira assume a Casa Civil no lugar do general Luiz Eduardo Ramos, transferido e nomeado também nesta quarta como ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República.

Eduardo Gomes minimizou a chegada do PP ao governo e destacou que a experiência do novo ministro vai ajudar a melhorar o ambiente político. 

“Pode ser que seja o momento do governo em que partidos que já votam junto com o presidente tenham um espaço maior no governo. Ao invés de ser uma coisa ligada diretamente a um partido específico abre uma perspectiva de parceria política até para 2022. A mudança proposta pelo presidente neste momento muda muito a questão da interlocução política. A gente sente que é um novo momento para o governo que exige uma proximidade maior dos partidos e o senador Ciro Nogueira tem esse perfil de liderança porque é presidente de um grande partido e está há mais de 20 anos no Congresso Nacional”, disse. 

Também nesta quarta-feira (28), o governo publicou a nomeação de Onyx Lorenzoni para o recém-criado Ministério do Trabalho e Previdência. A pasta até então estava sob o comando de Paulo Guedes dentro do Ministério da Economia.

O líder do governo no Congresso também falou sobre a polêmica do fundo eleitoral. Após dizer que vetaria o valor de quase 6 bilhões de reais para o fundão, o presidente Jair Bolsonaro mudou o discurso e disse que derrubaria apenas o que for considerado excessivo.

Eduardo Gomes afirma que haverá um acordo para a redução do fundo no Congresso e defendeu a volta do financiamento privado das eleições.

“Defendo porque uma das maiores democracias hoje há um sistema mais seguro de arrecadação, através da internet, através de ampliar o volume de doações com valores menores, o que evitaria os problemas do passado. Com relação ao fundo, especificamente, é claro que nós queremos um acordo porque o presidente já se pronunciou com relação ao veto no valor de R$ 5,7 bilhões que pode vir, por exemplo, da definição. Na minha opinião era preciso repensar a questão das isenções tributárias com relação a propaganda eleitoral. Eu acredito que deve baixar de R$ 4 bilhões o valor”, disse Gomes.

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