Autoridades confirmaram nesta terça-feira, 04, que o homem de 18 anos que atacou com um facão uma creche para crianças com menos de 2 anos em Saudades (SC) vivia na cidade e era um rapaz discreto, sem passagens pela polícia. Após a tentativa de suicídio, ele foi atendido pelas equipes de emergência e seguiu ameaçando os bombeiros durante o transporte até o hospital de Chapecó.
Até o momento, a identidade do jovem que matou 3 bebês e duas mulheres, entre elas uma professora e uma auxiliar de sala, ainda não foi divulgada. O estado de saúde do assassino é estável.
Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o tenente coronel Parizoto, comandante do batalhão do Corpo de Bombeiros de Chapecó, cidade próxima de Saudades, afirmou que o agressor conhecia as vítimas. “Prestamos os primeiros socorros e o conduzimos até o hospital. A cidade de referência [para atendimento] é Pinhalzinho, já que não tem hospital na cidade de Saudades. Durante o deslocamento, a todo instante, ele seguiu ameaçando a vida dos nossos bombeiros", relatou o comandante.
"Então o que ouvi da equipe que estava no local e que o atendeu são relatos de que é uma pessoa fora da normalidade do ser humano”, afirmou Parizoto.
De acordo com o delegado Jerônimo Marçal Ferreira, da comarca da Pinhalzinho, o agressor premeditou o ataque. “Ele se preparou para fazer o que fez. Mas não era uma preparação sofisticada. Ele chegou de bicicleta, com uma mochila nas costas, e atacou a primeira professora quando ela foi falar com ele”, disse Ferreira. “Não há sinais de que alguma outra pessoa colaborou com ele de alguma forma, mas estamos investigando. O que temos, por enquanto, é um fato isolado", afirmou.
"É um rapaz aparentemente comum, vida normal, família normal. Uma equipe da Polícia Civil fará a análise do computador dele, e outra equipe foi deslocada para o local de trabalho dele, em uma tentativa de entender a motivação”, afirmou o delegado Jerônimo Marçal Ferreira, da comarca da Pinhalzinho. “Saudades é uma cidade muito tranquila, pequena, com cerca de 10 mil habitantes. Nem furto tem”, relatou o delegado.
O assassino trabalhava em uma empresa de vestuário. A polícia agora tenta recuperar os equipamentos eletrônicos dele para tentar entender as motivações do crime. “Ele não tinha nem celular na hora do ataque”, relatou o delegado. “Temos um policial civil de Pinhalzinho em Saudades há cerca de 10 anos. E este rapaz nunca chamou a atenção das autoridades”, disse Ferreira.