CGU e PF investigam suspeita de superfaturamento em impressão de provas do Enem

Operação conjunta apura fraude que envolve servidores e empresas que pode chegar a R$ 130 milhões entre 2010 e 2018

Por Nathália Pase

A Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal realizam, nesta terça-feira (7) uma operação contra suposta fraude em contratos de gráficas responsáveis pela impressão provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Uma auditoria realizada pela CGU, em 2019, revelou irregularidades nos contratos assinados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável por elaborar o Enem, com uma empresa responsável pela impressão das provas entre os anos de 2010 e 2018, no valor de aproximadamente R$ 728,6 milhões.

Segundo a investigação, há a atuação de diretores, servidores e funcionários da gráfica envolvida, que declarou falência em 2019.

Estão sendo cumpridos 41 mandados de busca e apreensão na Operação Bancarrota no Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro, além do sequestro judicial de R$ 130 milhões das empresas e pessoas físicas envolvidas.

Os contratos sob investigação totalizaram pagamentos de R$ 880 milhões desde 2010, dos quais R$ 130 milhões teriam sido superfaturados. As investigações apontam para um enriquecimento ilícito de R$ 5 milhões dos servidores envolvidos no esquema.

Os envolvidos são suspeitos de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, crimes da lei de licitações e lavagem de dinheiro, com penas que ultrapassam pena de 20 anos de prisão.

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