A Polícia Federal confirmou que apreendeu o celular do general da reserva Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL, enquanto cumpria o mandado de busca e de prisão contra o militar na manhã deste sábado (14), em Copacabana, no Rio de Janeiro.
Segundo informações de fontes da reportagem da TV Band, a ação da Polícia Federal na casa de Braga Netto durou menos de uma hora.
Ainda de acordo com a apuração, o ex-ministro estava viajando e voltou de Alagoas na sexta-feira (13) e, por isso, a prisão não foi realizada antes.
Braga Netto passará por audiência de custódia, ainda neste sábado, por videochamada.
Prisão de Braga Netto
As últimas informações dadas por Mauro Cid foram cruciais para a determinação da prisão de Braga Netto. Segundo informações obtidas pela Band, o general e o assessor dele, coronel Peregrino, tentaram conseguir informações sobre o que foi dito na delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro – investida que foi interpretada pela PF como obstrução de justiça.
Além disso, segundo o depoimento de Cid, Braga Netto teria aprovado e financiado o plano para matar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes após as eleições de 2022.
Ele teria inclusive repassado dinheiro vivo aos kids pretos – os militares com formação em Forças Especiais (FE) envolvidos na tentativa de golpe de Estado.
Além da prisão de Braga Netto, a operação da PF cumpre dois mandados de busca e apreensão, além de uma medida cautelar diversa da prisão, contra indivíduos acusados de dificultar a produção de provas durante a instrução processual penal. Os mandados estão sendo cumpridos no Rio de Janeiro e em Brasília, com o apoio do Exército. Coronel Peregrino é um dos alvos.