Caso Thiago Flausino: policiais têm prisão preventiva decretada no Rio

Segundo denúncia do MP, em 7 de agosto, PMs perseguiram a moto em que o adolescente estava, na Cidade de Deus, e o atingiram com três tiros. Ele morreu no local

Da Redação, com Agência Brasil

Thiago Flausino morreu durante operação policial
Reprodução

A Justiça do Rio de Janeiro decretou, nesta quarta-feira (6), a prisão preventiva de quatro policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar denunciados por crimes relacionados à morte do adolescente Thiago Flausino, de 13 anos, na Cidade de Deus, em 7 de agosto

Os policiais Roni Cordeiro de Lima, Diego Pereira Leal, Aslan Wagner Ribeiro de Faria e Silvio Gomes dos Santos, presos na quarta-feira (6), cometeram o crime de fraude, pois apresentaram uma pistola e munição, atribuindo à vítima Thiago Menezes Flausino, segundo a denúncia. 

Eles estavam em carro particular quando perseguiram a moto em que Thiago estava na garupa e o atingiram com três tiros. Os PMs disseram em depoimento que o adolescente trocou tiros com eles e “plantaram” a pistola no local do crime. A vítima morreu no local.

O policial Diego Geraldo de Souza foi denunciado por prevaricação e fraude processual por omissão, tendo sido afastado da função pública. Segundo a denúncia, ele se omitiu diante do dever de vigilância sobre seus comandados, autorizando que eles atuassem de modo irregular na localidade, utilizando veículos e drones particulares durante a ação. A prisão foi decretada pelo juízo da Auditoria de Justiça Militar, que recebeu a denúncia.

O MPRJ ressalta que segue em andamento a investigação relativa ao homicídio propriamente dito, conduzida pela Promotoria de Justiça de Investigação Penal e pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).

Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Polícia Militar informou que os quatro policiais militares indiciados no processo que apura a morte do adolescente Thiago Flausino se apresentaram na 4ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar nesta quarta-feira (6), para o cumprimento de mandado de prisão, baseada no pedido da Corregedoria da corporação.

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