Alexandra Salete Dougokenski foi condenada a 30 anos e 2 meses de prisão por matar o próprio filho, Rafael Mateus Winques, de 11 anos. O crime aconteceu em Planalto, na região Norte do Rio Grande do Sul, em maio de 2020.
A sentença foi dada na noite desta quarta-feira (18) após três dias de julgamento. O júri considerou a mulher culpada pelos crimes de homicídio qualificado (28 anos), ocultação de cadáver (1 ano e 2 meses), falsidade ideológica (1 ano) e fraude processual (6 meses de detenção). A defesa vai recorrer da decisão e pedir a anulação do júri.
A juíza Marilene Parizotto Campagna, que presidiu o tribunal do júri, manteve a prisão preventiva de Alexandra Salete Dougokenski, que deve iniciar o cumprimento da pena em regime fechado.
Relembre o caso
Rafael Mateus Winques foi morto entre a noite de 14 de maio de 2020 e 15 de maio de 2020. A mãe estaria inconformada com o fato de o menino estar desobedecendo as ordens, brincando no celular até tarde.
Segundo as investigações, Alexandra teria ministrado na criança duas doses de Diazepam e, com o menino ainda desacordado, o estrangulou com uma corda de varal. Transportou o corpo até o terreno vizinho, o colocando dentro de uma caixa.
O desaparecimento de Rafael gerou a comoção da comunidade, que auxiliou nas buscas. Nesse período, alguns suspeitos, como o pai do menino e o namorado dela foram investigados.
Dez dias depois, em 25 de maio de 2020, a Polícia Civil localizou o corpo de Rafael. Alexandra confessou que matou a criança, inicialmente disse que matou o menino sem querer. A mulher foi presa e denunciada pelo Ministério Público em junho do mesmo ano.
Já a defesa dela sustentou que Rodrigo Winques, pai de Rafael, era o autor do crime. Em dezembro de 2020, em novo interrogatório, ela disse que o ex-companheiro e um comparsa foram até a casa dela, naquela madrugada, com o objetivo de levar o menino embora. Rafael teria se debatido e Rodrigo o segurou e amarrou com uma corda, asfixiando a criança.
A mãe teria sido obrigada a acompanhar a dupla até o terreno ao lado da casa dela, onde o corpo foi colocado. Alexandra também acusou o pai de Rafael de cometer violência doméstica e sexual contra ela, enquanto viviam juntos, e de ser um pai ausente.