A Polícia Civil do Rio de Janeiro cumpriu, nesta sexta-feira (26), mandados de busca e apreensão para apurar a morte do menino Henry Borel, de quatro anos, no último dia 8 de março. Foram apreendidos 11 celulares e dois laptops, de acordo com informações da reporter da BandNews TV Natashi Franco.
Agentes da delegacia da Barra da Tijuca estiveram em pelo menos quatro endereços ligados à família: a casa onde viviam o vereador e Monique Medeiros, local da morte, na Barra da Tijuca, que está interditada por 30 dias pela Justiça; a casa do pai de Henry, Leniel Borel; a residência do Coronel Jairo, pai de doutor Jairinho, em Bangu; e a casa da avó materna.
Com a quebra de sigilo telefônico de todos esses aparelhos, a polícia quer entender a relação da família com o menino para ajudar nas investigações de responsabilidades pela morte.
Nesta última quinta-feira (25), a filha de uma ex-namorada do vereador afirmou que era agredida frequentemente pelo político no período em que ele e a mãe dela namoraram, há oito anos.
A adolescente, hoje com 13 anos, prestou depoimento à Polícia Civil durante mais de cinco horas.
A ex-namorada também foi ouvida e disse que sabia das agressões, mas não as registrou, na época, por medo.
A mulher contou ainda que o político a procurou na semana passada, depois de anos sem contato e que entendeu a ligação como uma ameaça.
Além do casal, Leniel Borel, que é o pai do menino, vizinhos, médicos do hospital e a funcionária do apartamento já prestaram depoimento.
O menino chegou sem vida a um hospital da Zona Oeste do Rio na madrugada do dia 8, com hemorragia e edemas.
O laudo do IML apontou que Henry teve múltiplas lesões pelo corpo e que a causa da morte foi hemorragia interna e laceração do fígado.
O padrasto e a mãe negam qualquer violência e dizem acreditar que o menino caiu da cama.