Suspeito de causar a morte de Henry Borel, o vereador Jairinho foi para uma cela coletiva na cadeia nesta quinta-feira (29). As informações são de Rafaela Cascardo, da BandNews FM.
Ele deixou a cela individual do Presídio Bangu 8, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste, e foi integrado aos outros presos após passar o período de isolamento por causa da pandemia.
Por conta do atraso na entrega da perícia de dois celulares do vereador, a investigação tem novo prazo para ser concluída: semana que vem. O fim da investigação ainda depende da análise dos dados dos aparelhos apreendidos com Monique e Jairinho. Segundo a polícia, o processo que usa um novo equipamento para recuperar mensagens apagadas é demorado.
Com o novo prazo, os advogados de Monique ganham mais dias para tentar convencer a polícia a ouvi-la novamente. Em carta, a professora mudou seu relato e disse que já sofreu agressões e ameaças por parte do namorado, o vereador Jairinho, e definiu o relacionamento deles como "abusivo".
Depois disso, Jairinho e a professora Monique Medeiros, mãe de Henry, devem ser indiciados por homicídio duplamente qualificado, com uso de tortura e sem chance de defesa da vítima.
A hipótese de acidente com Henry já foi descartada. Os peritos cravam que o menino de 4 anos foi agredido até a morte no dia 8 de março. 23 lesões foram encontradas no corpo do garoto. De acordo com o laudo, a sessão de tortura durou cerca de quatro horas. Especialistas acreditam que o garoto pode ter morrido por volta das 23h - quase cinco horas antes de ser levado ao hospital.
Mensagens recuperadas pela Polícia Civil do Rio de Janeiro mostram 360 diálogos entre Monique Medeiros com a família após a morte do filho.
Em 8 de abril, ele e Monique Medeiros foram presos temporariamente por serem suspeitos pela morte de Henry, além da acusação de atrapalhar as investigações e ameaçar testemunhas do caso. Monique foi diagnosticada com covid-19 no último dia 19 de abril e segue isolada em hospital. Ela passa bem.