O vereador Dr. Jairinho, acusado pela morte do menino Henry Borel, tinha um esquema milionário de imóveis e bens incompatíveis com o salário que recebia. O levantamento foi realizado pela revista Veja.
São 17 imóveis, entre eles uma mansão em Mangaratiba, na Costa Verde do Rio, avaliada em R$ 8 milhões. Há também o apartamento no condomínio Majestic, na Barra da Tijuca, na zona Oeste do Rio, onde Henry foi morto, e uma cobertura duplex em outro endereço nobre na Barra, que teria sido vendido por mais de R$ 2 milhões no fim do ano passado.
Esses três imóveis, segundo o levantamento da revista, fazem parte da lista de bens não declarados pelo vereador Dr. Jairinho incompatíveis com o salário líquido que ele recebia, que girava em torno de R$ 14 mil.
Há suspeitas ainda sobre um esquema de transações que sugere manobras de ocultação de patrimônio e lavagem de dinheiro por parte de Jairinho. A revista aponta que, na última eleição, Jairinho declarou patrimônio de R$ 313 mil. Na lista, aparecem um carro, um consórcio de uma moto e investimentos.
Vereadores ouvidos pela revista relataram que Jairinho é conhecido na Câmara por gostar de luxo, andar com ternos caros, frequentava hotéis e restaurantes sofisticados, além de sempre pagar tudo em dinheiro e andar com maços de notas.