A defesa de Jairo Santos Souza Júnior, o doutor Jairinho, entrou com um pedido de habeas corpus na Justiça do Rio de Janeiro neste sábado (28). Os advogados alegam que o médico e ex-vereador não coagiu testemunhas, como afirmam os investigadores.
Jairinho é suspeito de matar o menino Henry Borel, de quatro anos, em 8 de março. Ele e a mãe da criança, Monique Medeiros, foram presos em 8 de abril e respondem na Justiça por tortura e homicídio triplamente qualificado.
Ainda segundo a defesa, o argumento de que o ex-parlamentar teria influência politica e poderia interferir nas investigações não faria mais sentido, já que ele teve o mandato cassado em junho.
De acordo com os advogados, a preocupação com a opinião pública é nociva e não deve ser levada em conta pelos magistrados.
Jairinho ainda acumula outros processos relacionados a agressões contra outras crianças, que vieram à tona após o caso Henry.
Pai vai à Justiça
Leniel Borel, pai do menino Henry Borel, foi à Justiça na última terça-feira (24) para pedir esclarecimentos sobre a falta de extração de dados de mensagens de aparelhos celulares do médico e ex-vereador, para a produção de laudos policiais.
Segundo a requisição feita por Borel, conversas desde o dia da morte do menino até os quatro dias seguintes foram apagadas e não recuperadas. Elas poderiam conter mais provas do envolvimento do ex-vereador no assassinato.