A Polícia Civil do Rio de Janeiro segue na busca do menino Édson Davi Silva Almeida, de 6 anos de idade, que está desaparecido desde a última quinta-feira (4), por volta das das 16h30, na praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste.
Inicialmente, havia a suspeita de que a criança tivesse sido sequestrada por um estrangeiro na altura do posto 4 após o surgimento de vídeos em que Édson aparece brincando com os filhos deste casal antes de sumir.
No entanto, as autoridades descartaram a hipótese após averiguarem, em câmeras de segurança, que a família em questão foi embora da orla da praia apenas com seus dois filhos e sem a presença de Édson. Em depoimento, o casal argentino que havia sido acusado de, possivelmente, ter levado o menino, explicou que deixou a praia da Barra antes do desaparecimento de Édson.
Novas hipóteses
Até o momento, nenhuma outra linha de investigação está descartada. Entre as frentes de possibilidades, destaca-se a de que a criança entrou no mar da Barra da Tijuca e pode ter se afogado.
O Corpo de Bombeiros também ingressou nas buscas do menino e, atualmente, atuam em toda a orla das praias da região com o objetivo de localizar Édson. Entre a equipe que trabalha para encontrá-lo estão guarda vidas, mergulhadores, quadriciclos, motos aquáticas, drones e helicópteros.
Novas informações
Em um dos depoimentos dados aos agentes de segurança, um dos funcionários do quiosque afirmou que viu o pequeno Édson, em algumas oportunidades durante o dia, indo em direção ao mar - que encontrava-se de ressaca - e retornando à praia. Segundo este colaborador, o garoto foi avisado sobre os perigos do mar. Essa informação sustenta a hipótese de que o menor possa ter se afogado.
Menino visto próximo ao mar
Na quarta-feira (10), sexto dia das buscas, a Polícia Civil do Rio de Janeiro obteve novas imagens da orla da praia no dia em que o menino Édson desapareceu. No vídeo em questão, em que uma banhista gravou a praia de maneira ocasional e despretenciosa, é possível observar uma criança similar ao Édson caminhando próximo da água do mar.
Já outra testemunha ouvida pelos oficiais afirmou em depoimento que o garoto chegou a pedir uma prancha de surf emprestado para se divertir no mar. Ao todo, foram três pedidos - todos negados pela testemunha - em um período de uma hora e meia. O rapaz disse que alertou sobre o perigo do mar no dia em questão, já que as águas estavam agitadas, e ouviu do menino que iria para o mar de qualquer maneira.
Major Fábio Contreiras, porta-voz do Corpo de Bombeiros no Rio de Janeiro, falou com a equipe de reportagem e detalhou o andamento das investigações. Segundo o militar, as buscas pelo Édson ocorrem numa extensão total de 18 quilômetros e não se limitam apenas à praia da Barra da Tijuca.
"A gente traçou uma linha reta que vai da Barra [da Tijuca] até Sepetiba [bairro no Rio] de 18 quilômetros. Empenhamos equipamentos de última geração, motos aquáticas, helicópteros, drones, guarda vidas em terra com quadriciclos e no mar", explicou o oficial.
Engano e confusão
No sábado, os pais da criança chegaram a ser levados até uma lanchonete, no mesmo bairro, após um vídeo feito por um entregador mostrar uma criança similar a Édson no estabelecimento. Porém, imagens das câmeras de segurança do local desmentiram a hipótese e mostraram que a criança em questão não era ele.
Após a repercussão negativa, a família que foi filmada - e que teria sequestrado o garoto Édson - procurou uma delegacia e registrou o caso como calúnia. A mãe da criança que sumiu, Marize Araújo, pediu desculpas e disse ter agido no calor da emoção.
"Foi o calor do momento, a vontade de encontrar o filho era grande. Muito parecido, mas não era meu filho. Infelizmente a família teve que passar por esse transtorno, foi uma repercussão muito grande. Peço desculpas de coração a essa família", afirmou Marize após a confusão.
Câmeras no entorno da praia mostram que o garoto foi e voltou do quiosque onde o pai trabalha até a areia, antes de sumir. Bombeiros encontraram um corpo próximo ao Posto 8 da praia da Barra da Tijuca, mas não houve identificação de quem seria esta pessoa encontrada. Marize, no entanto, já havia declarado que Édson tinha medo do mar e que, por isso, a hipótese de um afogamento poderia perder força.
Ao Brasil Urgente, na última semana, a mãe do garoto afirmou que o desaparecimento da criança ocorreu em 15 minutos, numa ação rápida. "Eu estou desolada, sem chão, não caiu a ficha o que está acontecendo comigo não. É uma dor sem tamanho", finalizou.