Caso Bernardo: júri do pai do menino assassinado entra no segundo dia

Leandro Boldrini responde por homicídio quadruplamente qualificado. Nesta segunda-feira (20), depoimento de delegada durou seis horas

Da redação

Leandro Boldrini é julgado novamente pela morte do filho Bernardo em 2014
Divulgação/TJRS

O novo julgamento do réu Leandro Boldrini entra no segundo dia nesta terça-feira (21), em Três Passos (RS), Boldrini é acusado de mandar matar o filho Bernardo, em 2014, quando o menino tinha 11 anos. Leandro responde pelos crimes de homicídio quadruplamente qualificado (motivo torpe, motivo fútil, emprego de veneno e dissimulação), ocultação de cadáver e falsidade ideológica. 

Esta é a segunda vez que o pai de Bernardo está sendo julgado. Em março de 2019, ele foi condenado a 33 anos e 8 meses de prisão, juntamente com os outros três acusados. Uma decisão da 1ª Câmara Criminal da Justiça do Rio Grande do Sul, em dezembro de 2021, anulou o julgamento de Leandro.

O júri começou nesta segunda-feira (20) com o depoimento da delegada Caroline Virginia Bamberg Machado que investigou o assassinato na época. O depoimento dela durou seis horas. 

Caroline relembrou detalhes das investigações que levaram a polícia a indiciar Leandro Boldrini, Graciele Ugulini, Edelvania Wirganovicz e Evandro Wirganovicz. Para a delegada, Bernardo era considerado um "estorvo" para o novo núcleo familiar formado pelo pai e a madrasta, que agora eram pais de uma menina. Afirmou que havia um "desleixo evidente" em relação ao bem-estar do menino, que o casal tinha "uma ideia fixa de se livrar da criança" e que Leandro Boldrini foi o mentor do crime.

Outras nove testemunhas devem depor. A previsão inicial era de três dias de julgamento, mas pode se estender ao longo da semana.

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