Cápsulas seladas de césio-137 desaparecidas em Minas são encontradas em SP

As duas fontes de Césio-137 estavam desaparecidas desde o último dia 29 de junho

Da redação

As duas cápsulas seladas de césio-137 que haviam desaparecido em Minas Gerais no último dia 29 foram encontradas na noite desta segunda-feira (10) em São Paulo.

As cápsulas foram achadas em uma empresa de sucatas na capital paulista. Funcionários da companhia notificaram a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), que enviou uma equipe de técnicos ao local.

As fontes foram levadas para o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), unidade da CNEN em São Paulo, onde passarão por avaliações quanto à integridade, taxas de dose, condições de uso, dentre outras. A Polícia Civil continua investigando o caso.

Césio-137: o que é?

O césio-137 é um elemento químico comumente utilizado para realização de exames tomográficos, para terapias de tratamento de câncer e para processos de esterilização na indústria.

Acidente com césio-137 em Goiânia

O nome césio-137 remete ao maior acidente nuclear do Brasil, que aconteceu em Goiás, em 1987. Segundo a Secretaria de Saúde do estado, a fonte, com radioatividade de 50.9 Tbq (1375 Ci), continha cloreto de césio, composto químico de alta solubilidade. A substância estava em um equipamento abandonado do Instituto Goiano de Radiologia, que foi desmontado em um ferro velho e depois levado para uma comunidade na cidade.

Galeria de Fotos

Césio-137: veja imagens do maior acidente nuclear do Brasil
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Remoção de lixo radioativo de área contaminada pelo Césio-137Arquivo/Governo de Goiás
Elemento radioativo causou acidente com mortes em GoiâniaArquivo/Governo de Goiás
Veja a área que foi contaminada pelo Césio-137Arquivo/Governo de Goiás
O isolamento dos pacientes contaminados no Hospital Geral de GoiâniaArquivo/Governo de Goiás
Ferro velho de Devair, Vista aérea, em outubro de 1987Yosikazu Maeda
Saco contendo a cápsula do Césio levada por Maria Gabriela à Vigilância SanitáriaArquivo/Governo de Goiás

Na época, 113 mil pessoas foram monitoradas. As autoridades constataram que 120 delas foram contaminadas, sendo 22 dessas com sinais de superexposição. Quatro pessoas morreram.

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