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Cappelli sobre investigação no DF: “Enfrentamos uma organização criminosa"

O interventor do Distrito Federal conversou ao vivo com Datena, na Rádio Bandeirantes

Da redação

Ricardo Cappelli participou do programa Manhã Bandeirantes, desta sexta-feira (20), com José Luiz Datena. O interventor falou das investigações que estão ocorrendo após os atos de vandalismo no DF no último dia 08 de janeiro. Ele afirmou que as investigações estão enfrentando uma organização criminosa. 

"A situação é gravíssima. Nós estamos enfrentando uma organização criminosa que construiu um financiamento estruturado. Porque a gente já consegue identificar um financiamento de ônibus e alimentos. Não é uma manifestação espontânea, foi uma coisa planejada, uma ação que começa no financiamento, passa pela conivência e pela omissão de agentes públicos e vai até a presença de homens treinados, com equipamentos especiais aqui em Brasília” disse.

O interventor contou que existiam pessoas com treinamento e com equipamento de combate no DF: “Eu tenho relato de policiais, e eles dizem que enfrentaram profissionais, com rádios comunicadores e até equipamentos, como luvas para pegar bombas de gás lacrimogêneo e reenviar de volta pra tropa. A gente enfrentou no dia 08 uma organização criminosa que vai ser desmontada e tratada na forma da lei. Existia gente treinada. Nós temos 44 homens feridos, da polícia militar” afirmou. 

Cappelli também falou sobre as operações que estão sendo realizadas pela PF. “A polícia federal está fazendo a maior mobilização de sua história, trabalho de inteligência e cruzamento de dados e a gente já começou a identificar os financiadores e esses trabalhos vão ter consequências nas próximas semanas”.

Ele também comentou a situação do ex-secretário de Segurança e ex-ministro da Defesa, Anderson Torres. Segundo o interventor, não foi coincidência ele sair do país após trocar o comando da polícia do DF.

“Não me parece coincidência que o secretário de segurança pública do DF, Anderson Torres, tenha trocado o comando da segurança pública e logo depois saí do país. Acho que o documento achado na casa dele corrobora que o Anderson Torres, por omissão ou conivência tenha participado, tenha responsabilidade nos atos que aconteceram no dia 08 de janeiro” finalizou.

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