Investigações sobre a morte da cantora e ex-candidata a vereadora transexual Santrosa, em Sinop, no interior do Mato Grosso, dão conta que o assassinato ocorreu porque a vítima não obedeceu a uma ordem do Comando Vermelho (CV). Segundo a Polícia Civil, a jovem vendia droga sintética sem o consentimento da facção.
“Temos comprovação de que a vítima estava vendendo droga sintética. [Membros do CV] mandaram parar. Não parou. E aí pegaram ela”, disse o delegado Bráulio Junqueira, em entrevista ao Band.com.br.
Lotado na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Sinop, Junqueira descartou a possibilidade de crime motivado por transfobia. Agora, as autoridades atuam para identificar os autores do assassinato.
O corpo de Santrosa foi encontrado com pés e mãos amarrados e a cabeça decapitada, no último domingo. Com 27 anos, a artista chegou a concorrer ao cargo de vereadora nas últimas eleições pelo PSDB. Não foi eleita, mas virou suplente.
Santrosa estava desaparecida desde sábado (9) e faria um show naquela noite, mas não foi ao evento. A cantora defendia pautas políticas direcionadas a comunidade periférica e LGBTQIA+ de Sinop.