O músico Canisso, baixista da banda Raimundos, fez seu último show na virada de sábado (11) para domingo (12) em um bar na cidade de Rio do Sul, em Santa Catarina. Ele tocou com a banda Sigma no Tortuga Underground Bar, posou para fotos com os outros músicos e fãs, e se despediu do dono do bar, Faiska Stone, com um abraço no aeroporto de Navegantes. Canisso morreu nesta segunda-feira (13), aos 57 anos, após dar entrada em um hospital vítima de uma queda.
“O Canisso estava com a gente ontem”, disse Faiska Stone em um vídeo postado no Instagram. “Passei um final de semana maravilhoso ao lado dele. E pensar que o último show do cara foi no nosso bar. A gente está sem saber o que fazer ou o que falar.”
"Vou pedir educadamente que não fiquem mandando mensagens como foi, como aconteceu. Respeitem o luto da família e dos irmãos dele dos Raimundos. Foi um dos caras mais legais que eu conheci ou o mais legal. Em um final de semana me ensinou tanto. E saiu daqui me dizendo: "Até a próxima!". Viva o hoje porque a gente não sabe o dia de amanhã."
O amigo de Canisso voltou a pedir para que respeitem o luto da família, da banda e dos amigos.
José Henrique Campos Pereira, conhecido como Canisso, baixista da formação inicial dos Raimundos, morreu nesta segunda-feira (13). A informação foi confirmada pela família nas redes sociais do artista e pela filha dele pelo Instagram.
Segundo a filha, Canisso teria sofrido um acidente em casa no fim da manhã. Ele foi levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Na página oficial de Canisso, foi informado que ele “sofreu uma queda decorrente de um desmaio”.
Canisso ficou conhecido por fazer parte da formação original dos Raimundos, ao lado de Digão e Rodolfo Abrantes. Em 2002, Canisso saiu da banda pouco tempo após a saída de Rodolfo, alegando desgaste natural por desentendimentos internos e agenda vazia. Relembre a história dos Raimundos aqui.
Só em 2007 Canisso retornou para a banda, após a saída do baixista Alf. Recentemente, ele e Digão entraram em discussões por política nas redes sociais. O baixista citou que estava fora de festivais e shows pelo Brasil pela opinião política de Digão.
“Esse ano estamos fora de vários festivais pelo Brasil. É covardia querer boicotar uma banda e sua história e tentar de alguma forma ressignificar e atribuir quaisquer orientações políticas ao grupo baseado nas opiniões de um componente, em suas redes pessoais”, afirmou, em junho de 2022.