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'Deodoro preferiu o Hino Nacional do Império', diz Lilia Schwarcz sobre símbolo brasileiro

Antropóloga e historiadora explica no Canal Livre o porquê do Brasil não cantar o Hino da República e sim, o que exalta independência do país

Da redação

Durante o Canal Livre especial sobre a independência do Brasil, a antropóloga e historiadora Lilia Schwarcz explica as origens dos hinos no país. Ela participa do programa que vai ao ar neste domingo (8). 

Segundo a historiadora, a decisão de cantar um hino que exalta a independência do Brasil, na época do Império, veio de Marechal Deodoro da Fonseca, primeiro presidente do Brasil. 

"Nós somos uma República, mas nosso Hino Nacional é do Império. 'Ouviram do Ipiranga às margens plácidas', quem estava lá era Dom Pedro I, não Marechal Deodoro. Nós temos um Hino da República, quando ela foi proclamada, o Brasil sabia que era preciso novos símbolos e alegorias. É realizado um concurso, há um hino vitorioso, mas Deodoro, em lágrimas, disse preferir o antigo", conta. 

A letra do Hino Nacional, inclusive, chegou após a criação da melodia, segundo Lilia. "Teve uma aclamação do público. A melodia era em eventos públicos, a letra foi chegando aos poucos", conta. 

Sobre os outros hinos, Lilia comenta sobre o Hino da República, que não ganhou a popularidade para ser considerado o principal. "O Hino da República é outro, que virou até refrão de escola de samba, mas o refrão do Hino é terrível, estamos em 1890, primeiro semestre e há um refrão que diz 'nós nem cremos que escravos outrora tenham havido em tão nobre país'", conta e completa:

"Nós nem cremos que escravos outrora, um ano e meio atrás? É amnésia coletiva, nós nem cremos, que é o que significa a escravidão, um grande trauma nacional, que as pessoas tentam apagar". 

O BandNews TV, na TV fechada e o canal Band Jornalismo, no YouTube, transmitem o Canal Livre às 20h. Depois do “Top Cine”, o programa é reexibido na TV aberta, na tela da Band, às 23h30. 

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