Canal Livre: Luiz Marinho defende regulamentação de aplicativos como Uber e 99

Ministro do Trabalho e Emprego é o entrevistado do programa deste domingo (14) e citou jornadas exaustivas de colaboradores

Da redação

Canal Livre: Luiz Marinho defende regulamentação de aplicativos como Uber e 99
Luiz Marinho defende regulamentação de aplicativos como Uber e 99
Reprodução/TV Band

Luiz Marinho diz estar conversando com representantes de aplicativos de transporte como 99 e Uber, para regulamentar a prestação de serviços pelas empresas no Brasil. O ministro do Trabalho e Emprego é o entrevistado deste domingo (14) no Canal Livre, que vai ao ar na Band, à meia-noite, BandNews TV às 20h e no YouTube, também às 20h. 

O ministro afirma que há espaço para negociação entre os trabalhadores por aplicativo e as empresas. “Todas as plataformas concordam que é necessário mexer. Há espaço para a negociação, temos paciência para ouvir, escutamos empregadores e trabalhadores”, afirma. 

“Esperamos que tenha sensibilidade para construir e haverá a necessidade de enquadramento econômico, porque a atividade dessas plataformas é transporte, é tecnologia? É concorrente do táxi, é essa a atividade econômica”, cita. 

Para o ministro, novas tecnologias como os aplicativos devem trazer benefícios, mas não é o que está acontecendo. “Não faz sentido falar de novas tecnologias para super explorar um trabalho quase análogo à escravidão”, afirma. Ele chegou a contar o encontro com um motorista de aplicativo. 

"Um cidadão de uma plataforma esteve comigo um dia com um parlamentar, que é médico também. O trabalhador tentava me convencer que é legal, que poderia tirar mais de R$ 3 mil por mês", afirma e continua: 

“Então eu perguntei a jornada para fazer esse valor. Ele falou 16 horas por dia, seis dias por semana. Eu nem falei nada, perguntei para o médico, quanto tempo ele iria aguentar. E ele disse: 'No máximo um ano'”, comenta Luiz Marinho. 

Segundo o ministro, a jornada exaustiva e a pouca remuneração o motivam a regulamentar os aplicativos. “É justo o trabalhador não saber quanto a plataforma subtrai da corrida que ele foi contratado? […] Quem determina as regras? Ou seja, essas questões precisam ser quebradas, precisamos abrir essas informações. É legal ter novas tecnologias, mas há a super exploração do trabalhador", analisa.

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