Os 200 anos da Independência do Brasil e os trâmites para essa conquista é o principal tema do Canal Livre neste domingo (19).  

Em entrevista aos jornalistas Fernando Mitre e Adriana Araújo, com participação do cientista político Fernando Schuler, o escritor e pesquisador Jorge Caldeira afirma que a data deve ser celebrada por muitas conquistas.  

Ele também falou sobre Império, o fim da escravidão e a economia no Brasil, além de outros assuntos. O programa faz parte do projeto "Band nos 200 anos da Independência".  

Economia do Brasil

O escritor começa falando sobre o cenário atual da economia brasileira e como a Independência se reflete neste contexto.  

"O Brasil hoje é a 11ª economia do mundo, já foi a 6ª, e que construiu inúmeras qualidades como nação. Não é pior lugar do mundo, não é desestruturada, mas tem evidentes problemas. Chegamos à conclusão que algumas coisas deram certou no Brasil e outras não", disse Caldeira.  

Império

O Império trouxe enorme atraso econômico ao Brasil. Jorge Caldeira destaca que a riqueza ficava na colônia e que, por isso, a Independência foi relativamente incontestável.  

Crescimento do Brasil

O Brasil cresceu baseado em paradoxos, como a liderança de um soberano que negociava com um parlamento.  

"No Brasil, o real é maior do que o possível", diz o escritor e pesquisador, parafraseando José Bonifácio. Ele também destaca que, embora o País tenha raízes autoritárias, tem o terceiro parlamento mais antigo do mundo.  

Escravidão

O fim da escravidão no Brasil foi possível devido a uma adaptação da sociedade, que tinha uma economia baseada em pequenos latifúndios. O escritor afirma que a maioria dos escravos estava em grandes propriedades e que a República teve condições de se estabelecer baseada em economias menores.  

"A escravidão morreu de velha no Brasil", diz. Ele também lembra que havia reuniões, revoltas e movimentos entre negros que exigiam a abolição.  

Capitalismo

A Independência do Brasil tem datas improváveis de consolidação. Segundo o escritor, a nação se fez por meio de um comportamento político geral.  

Em 17 de janeiro de 189O, Ruy Barbosa publicou quatro decretos, que são a base do liberalismo econômico no Brasil. O escritor e pesquisador Jorge Caldeira explica o cronograma do avanço do capitalismo brasileiro.

Desenvolvimento sustentável

O Brasil constrói uma economia que depende da natureza. O escritor e pesquisador afirma que há muito dinheiro disponível no mundo para desenvolvimento sustentável e que o País deve aproveitar sua aptidão natural para enriquecer ao entrar nesse projeto.