O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) Antonio Barra Torres falou que a proibição da venda e distribuição de cigarros eletrônicos no Brasil segue até que os estudos sobre o tema terminem. O representante é o entrevistado desta semana no ‘Canal Livre’, que vai ao ar no domingo (25) na Band, à meia-noite, BandNews TV às 20h e no YouTube, também às 20h.
Na entrevista, Barra Torres afirmou que há todo um processo para verificar itens novos no mercado, mas que a Anvisa precisa fazer análises cautelosas para não afetar a população ou o mercado. “Há a questão dos efeitos para a saúde, mas quando a agência regula mercado, qualquer antecipação nossa, influencia diretamente no mercado e pode prejudicar a credibilidade da decisão da Anvisa”, pontua.
Barra Torres pontuou que estudos para liberação de alguns tipos de cigarros eletrônicos estão em andamento e a previsão é de que estes estudos sejam liberados ainda neste ano. “Aqui no Brasil permanece a proibição, mas existe todo um processo para verificação de informações científicas, manifestação da sociedade, das entidades que se dedicam a estudar esse tema e terá a resolução este ano, com a definição do que permanece e o que pode ser utilizado pela população”, informou.
Polêmica na fiscalização
Barra Torres também comentou a questão da fiscalização da vigilância sanitária, que é criticada pelas vendas livres de cigarros eletrônicos em lojas e na internet.
Segundo o diretor-presidente, a Anvisa apenas coordena as atividades. Apesar disso, ele confirma que há a comercialização indevida. “Por isso é muito importante lembrar a população que quando se faz uso de produtos que não tem a certificação sanitária necessária, corre um risco muito grande, qual for”, afirma.