O Canal Livre deste domingo (2) recebe o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) e o professor professor de Gestão de Políticas Públicas da Universidade de São Paulo (USP), Pablo Ortellado. Eles falam sobre como proteger crianças e adolescentes nas redes sociais.
Os entrevistados falam sobre o projeto de lei, que está em tramitação na Câmara, para regulamentar as plataformas digitais, no caso das chamadas Big Techs. O programa deste domingo tem a apresentação de Adriana Araújo e tem a participação de Fernando Mitre e do cientista político Fernando Schüler.
A exemplo do caso onde um aluno de 13 anos planejou o ataque em uma escola estadual de São Paulo, que resultou na morte de uma professora, fez publicações nas redes sociais e foi incentivado por outros usuários da plataforma. Mas como tratar o uso das redes sociais para essa faixa etária?
Orlando Silva, relator do projeto de regulamentação das plataformas digitais que tramita na Câmara, informou que há um capítulo no texto sobre a proteção de crianças e adolescentes na internet, com regras para que as mídias impeçam a propagação de conteúdos de risco para esse público.
“Entre aquilo que deve ser retirado como conteúdo ilegal, tem aquilo que é previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente. Tem um outro fator interessante que é a chamada educação midiática, que é preparar as novas gerações para viver nesse mundo, estimular mecanismos cognitivos para que nós possamos separar o joio do trigo e entender como conviver nesse ambiente que é tão cheio de novidades e desafios, é nos prepararmos para um tempo novo e isso deve atravessar a formação de professores, ser um elemento no convívio escolar para que a gente possa fazer com que as outras gerações viva uma experiência mais saudável na internet”, acrescentou o deputado federal.
O professor de gestão de políticas públicas alerta para o uso de redes sociais e o aumento de casos de depressão e outros efeitos na saúde mental de crianças e adolescentes.
“De dois anos para cá temos evidências claríssimas de depressão, de automutilação, de suicídio e estresse que está ligado ao uso de mídias sociais por jovens, sobretudo o Instagram. Os dados são incontroversos. A situação é muito grave e precisa de regulamentação, no meu entender”, diz o professor de gestão de políticas públicas da USP, Pablo Ortellado.