A CPI da Covid no Senado Federal ouve, na próxima semana, representantes de empresas e intermediários para tentar entender por que ofertas de vacinas foram feitas por essas pessoas e não diretamente pelos laboratórios. A suspeita é de que elas teriam aproveitado a situação de emergência sanitária para negociar contratos superfaturados.
Na terça-feira (13) a comissão parlamentar de inquérito recebe Emanuela Medrades, diretora da Precisa Medicamentos, que negociou com o governo a venda de 20 milhões de doses da Covaxin. Os senadores devem cobrar explicações sobre as invoices, espécie de recibo eletrônico de importação, que, devido a uma série de erros, precisaram ser emitidas três vezes pela companhia.
Na quarta (14) será a vez do reverendo Hamilton Gomes, autorizado por um diretor do Ministério da Saúde a negociar em nome do governo a compra de 400 milhões de doses da AstraZeneca.
Já na quinta (15) quem fala é o coronel Marcelo Blanco, que esteve em um restaurante com Roberto Dias, ex-diretor de importação do ministério. Nesse encontro, segundo o policial militar Luiz Paulo Dominguetti, Dias pediu propina para liberar um contrato de compra.
Por fim, na sexta (16), será Cristiano Carvalho, sócio da Davati Medical Supply, empresa que Dominguetti representava nas negociações.