Moises Rabinovici

Caças F-35 israelenses bombardeiam prédio com líderes da Jihad Islâmica

Por Moises Rabinovici

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Exército de Israel
Reuters

Caças F-35 israelenses bombardearam o prédio em que estavam reunidos o alto escalão das Forças Quds, iraniana, e líderes da Jihad Islâmica, em Damasco, na Síria. Dois dos mortos são o comandante do Exército dos Guardiães da Revolução Islâmica, Mohammad Reza Zahedi, e o seu vice, Haji Rahimi.

“Esse ataque terá nossa resposta feroz”, prometeu Hossein Akbari, o embaixador do Irã na Síria.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) entraram em prontidão em todas as unidades.

Os caças penetraram na Síria pelas colinas do Golã, por volta das 17 horas locais. O prédio atacado ficava próximo à embaixada iraniana, sem imunidade diplomática. Fontes da oposição síria o descrevem como um instituto de pesquisa científica e posições militares do presidente sírio Bashar al-Assad e do Hezbollah. As embaixadas do Canadá e do Irã, e o Hospital Al Razi, estão na vizinhança.

O Ministério de Defesa da Síria acusou Israel de ter atingido vários alvos na área de Damasco, ferindo dois civis, antes de atacar o alvo principal, onde se reuniam iranianos, sírios e palestinos. O embaixador Akbari confirmou a morte do comandante Zahedi, mas deixou a identidade dos outros mortos, entre 5 e 7, para “depois de limparmos os escombros”. O ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir Abdollahian, explicou o ataque com um diagnóstico: "Netanyahu perdeu seu equilíbrio mental porque enfrentou uma derrota consecutiva em Gaza e não alcançou os objetivos ambiciosos dos sionistas".

O assassinato do comandante Zahedi é equiparado ao de Kassem Suleimani, comandante da Guarda Revolucioinária Islâmica, morto por um drone dos EUA, em janeiro de 2020, no aeroporto internacional de Bagdá, no Iraque. Uma das razões para o ataque israelense seria o Hezbollah no sul do Líbano, que tem disparado mísseis diariamente contra o norte de Israel. O Irã pode freá-lo, porque lhe dá armas e o treina. A população do norte de Israel foi retirada para o sul desde outubro. Os bombardeios têm provocado destruição nas cidades vazias.

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