Butantan inicia envio de documentação pendente sobre CoronaVac à Anvisa

Da Redação, com Rádio Bandeirantes

Cerca de 5% da documentação da vacina ainda não foi apresentada e 48% precisa de complementação.  FramePhoto/Folhapress
Cerca de 5% da documentação da vacina ainda não foi apresentada e 48% precisa de complementação.
FramePhoto/Folhapress

O Butantan já começou a enviar para a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a documentação que falta para obter o uso emergencial da CoronaVac. As informações são de Maira Di Giaimo, da Rádio Bandeirantes.

No último sábado (09), após realizar a triagem dos dados enviados, a agência notificou o instituto pela ausência de informações consideradas essenciais para a avaliação, como dados dos voluntários e a capacidade de produção de anticorpos.

Já a Fiocruz entregou os documentos principais para que a análise da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca possa ser realizada, mas falta complementar cerca de 18% dos dados.

Em nota, o Butantan disse que o processo é comum e que não vai interferir no prazo de 10 dias para aprovação do imunizante. Cerca de 5% da documentação ainda não foi apresentada e 48% precisa de complementação. 

Saiba mais detalhes abaixo:

Neste domingo (10), o governador de São Paulo, João Doria, pediu "senso de urgência" à Anvisa para a liberação do uso emergencial da CoronaVac.

A partir dessa aprovação, todas as vacinas contra a Covid-19 produzidas pelo Instituto Butantan serão compradas com exclusividade pelo governo federal. Em uma reunião entre o Ministério da Saúde e o Butantan ficou acertado que as doses serão incorporadas ao Plano Nacional de Vacinação.

A compra de 46 milhões de unidades já foi acordada e a pasta tem a opção de adquirir mais 54. As vacinas serão distribuídas pelo SUS, em quantidade proporcional à população de cada estado, ressalta o diretor do Instituto, Dimas Covas.

Mas a vacinação não significa o fim imediato da pandemia. Os cuidados precisarão ser mantidos. Segundo Dimas Covas, vai levar um tempo para que a imunização tenha impacto nos números do coronavírus.

A eficácia da CoranaVac foi anunciada na última quinta-feira: 78% para casos leves e 100% para graves. No entanto, o detalhamento do estudo ainda não foi divulgado.

Em entrevista ao Canal Livre, da Band, Dimas Covas afirmou que após a aprovação do uso emergencial da vacina, os dados se tornarão públicos.

Nos próximos dias, o laboratório chinês Sinovac deve submeter o estudo do imunizante à Organização Mundial de Saúde. Até agora, a única vacina aprovada pela OMS para uso emergencial é a da Pfizer.

Já a vacina russa Sputnik vai começar a ser produzida no Brasil em janeiro, segundo a farmacêutica União Química. No entanto, o início da fabricação ainda depende de autorização da Anvisa.

Veja o Canal Livre especial sobre as vacinas no Brasil (parte 1)

Veja o Canal Livre especial sobre as vacinas no Brasil (parte 2)

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