Briga de torcidas que matou corintiano tem suspeita de envolvimento do PCC

Da Redação, com Jornal da Band

No dia em que o Palmeiras se consagrou como bicampeão da Libertadores, um confronto entre torcidas organizadas levou terror para ruas de alguns bairros de São Paulo, no último sábado (30). Em uma briga no bairro do Sacomã, na zona sul, um corintiano acabou morto a tiros, e outro ficou ferido.

Nas investigações, a polícia concluiu que existem indícios fortes da presença de traficantes do PCC infiltrados nos grupos que se enfrentaram. As informações são do Jornal da Band.

Os dois homens identificados aparecem armados em imagens do confronto entre torcedores (assista acima). Os suspeitos do assassinato não foram encontrados em pelos menos cinco endereços verificados por policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Nos vídeos, é possível ver os dois atirando em momentos diferentes. 

Mas os atiradores não são procurados apenas pela polícia, mas pelo próprio PCC. A facção, que tem integrantes dentro de todas as torcidas organizadas, determinou uma regra desde a morte de um palmeirense, em confronto com corintianos na zona norte de São Paulo, em 2012. Segundo ela, torcedores podem se matar em brigas usando paus, barras de ferro, pedras, rojões, mas são proibidos pelo crime organizado de usar armas de fogo.

Oito anos atrás, André Lezo, à época com 21 anos, foi atingido por um tiro e morreu. A polícia acredita que vários envolvidos naquela briga participaram do confronto do último sábado.

A polícia já investiga outras imagens, que teriam sido gravadas pelos suspeitos mostrando armas pouco antes da torcida organizada do Palmeiras embarcar em um ônibus para assistir à final da Libertadores na comunidade de Heliópolis, também na zona sul de São Paulo. O confronto ocorreu pouco tempo depois.

Esse registro mostra uma homenagem a “Marcelinho”. Ele seria Marcelo Ventola, integrante do PCC preso pela morte de Moacir Bianchi, em 2017, fundador da organizada Mancha Alviverde. Bianchi teria sido morto por ser contra a entrada de um integrante do PCC na diretoria da Mancha Alviverde. A morte de Bianchi fez com que a organizada expulsasse todos os integrantes ligados à facção, que fundaram a torcida dissidente “Guerreiros Alviverdes”.

Marcelinho seria o atirador que deu mais de 20 tiros em Moacir. 

A polícia acredita que os atiradores da briga do último sábado fazem parte dessa torcida dissidente.

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