Brasileiras presas na Alemanha se emocionam no reencontro com a família

Kátyna Baía e Jeanne Paollini ficaram 40 dias presas em Frankfurt após terem as etiquetas das bagagens trocadas e colocadas em malas com drogas

Da redação

As brasileiras Kátyna Baía e Jeanne Paollini se emocionaram no reencontro com a família em Goiânia, após voltarem da viagem à Alemanha, onde ficaram presas injustamente por tráfico de drogas por causa da troca da etiqueta das bagagens. Elas ficaram mais de um mês detidas na Europa.

Lorena Baía, irmã de Kátyna, registrou a emoção do reencontro. “Quanto tempo esperei por esses dias! O reencontro, a volta para o Brasil, a família reunida novamente! 40 dias vivendo a angústia da espera parecem uma eternidade”, escreveu. “Eu sonhei muito com esse abraço, e nessa espera chorei várias vezes de preocupação, de saudade e em oração sempre pedia a Deus que me desse sabedoria e serenidade!”

Em 5 de março, Kátyna Baía e Jeanne Paollini saíram de Goiânia com destino a Alemanha. O voo fez uma escala em São Paulo, no aeroporto internacional de Guarulhos.

Depois de despachadas, as malas são levadas para uma área restrita. Lá, funcionários de empresas terceirizadas que, segundo as investigações, fazem parte da quadrilha tiravam as etiquetas com dados dos passageiros e colocavam em malas com drogas, evitando que elas passassem pelo raio-x.

Segundo a Polícia Federal, as brasileiras levavam bagagens diferentes das apreendidas pelas autoridades alemãs, nas quais foram encontrados 40 quilos de cocaína. As investigações apontam que as goianas teriam sido vítimas de um esquema envolvendo funcionários do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Sete funcionários de empresas terceirizadas do aeroporto de Guarulhos foram presos. 

Lorena atuou diretamente nos trabalhos para a volta da irmã e da cunhada junto com a advogada Luna Provazio. "Precisava ser esperança para as meninas, precisava cuidar da minha mãe, precisava resolver as questões de todas as ordens (administrativa, financeiras) precisava trabalhar, precisava ser mãe, precisava ser Presidente, precisava atender a imprensa e entre tantas outras coisas, precisava ser forte. E assim, mais uma vez posso testemunhar que o agir de Deus em nossas vidas é maravilhoso! Ele nos molda e nos prepara pra tudo. Com Ele somos capazes de enfrentar qualquer situação!



Quando decidi ir à Alemanha minha mãe não queria, ficou muito aflita. E conversando com a Luna sobre isso ela disse: fala pra ela que a gente vai trazer as meninas de lá! E assim aconteceu! No avião retornando pra casa com elas chorei novamente. Chorei muito com a Luna: 'Nós conseguimos, elas estão voltando com a gente! Choramos juntas! Chorei com a minha irmã no colo, podendo acariciar o rosto dela, oferecendo todo meu carinho e amor. Sempre tivemos e teremos uma à outra nessa vida! Ontem meu choro foi de alegria e gratidão!"

“Quando olho pra trás, e lembro do dia que fiquei sabendo do que estava acontecendo até a soltura das meninas vejo o quanto somos amadas e queridas por tantas pessoas que estiveram unidas à nossa dor através da fé e da solidariedade. Essa rede de amor, que foi o nosso sustento nos dias de sofrimento, é fruto da bondade que Kátyna e Jeanne carregam em seu coração, ao longo da vida. Quem faz o bem, e planta o bem, colhe o bem.”

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