As brasileiras Kátyna Baía e Jeanne Paollini já foram liberadas, encontraram a família, que estava a caminho de Frankfurt, na Alemanha, e estão no Consulado brasileiro, informou a advogada Chayane Kuss de Souza em entrevista à BandNews TV.
Segundo a advogada, as brasileiras foram completamente inocentadas e o processo, em relação às duas, foi arquivado. “Óbvio que as investigações continuam sobre os demais envolvidos”.
Por conta do horário local da Alemanha, o retorno de Kátyna Baía e Jeanne Paollini será definido nesta quarta-feira (12). A defesa diz que tomou esse cuidado para que as brasileiras possam ser bem atendidas e tenham o momento com a família, que viajou à Alemanha.
A advogada Chayane Kuss de Souza adiantou à BandNews TV que elas estão traumatizadas e nesse primeiro momento vão procurar descansar, reunir energias e fôlego, para poder retornar ao país.
A defesa reforça que já conversou com as duas e que elas estão felizes pela soltura e arquivamento do processo e informou que decidiram continuar com os trâmites. "É claro que a gente quer deixar espaço para que elas entendam tudo o que aconteceu e tenham um pouco de paz nesse primeiro momento. Amanhã vamos definir quais serão esses próximos passos, além dos trâmites necessários, que é retirar materiais e pertences pessoais que teriam sido apreendidos como celulares e bagagem de mão”, acrescentou a advogada.
A advogada Chayane Kuss de Souza afirmou em entrevista que ainda não conversou com as mulheres sobre possível responsabilização, seja no Brasil quanto na Alemanha. Ela acredita que os responsáveis tem que ser responsabilizados judicialmente, mas os detalhes só serão debatidos nas reuniões.
Brasileiras liberadas
Após mais de um mês presas na cidade de Frankfurt, na Alemanha, as brasileiras Kátyna Baía e Jeanne Paollini foram soltas na tarde desta terça-feira (11) depois que o Ministério Público alemão pediu o arquivamento do processo. A informação foi confirmada pelo Itamaraty.
As brasileiras foram presas em 5 de março após terem as etiquetas das malas trocadas no Aeroporto de Guarulhos, elas foram acusadas de tráfico de drogas. Porém, a investigação da Polícia Federal aponta que as duas foram vítimas de um esquema que envolve funcionários do local.
Com as provas enviadas pela Polícia Federal e pelo governo brasileiro, as brasileiras foram consideradas inocentes e com o pedido de arquivamento não precisam enfrentar outro trâmite processual.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores informou que recebeu com satisfação a informação de que as brasileiras foram liberadas. “Ao longo do último mês, o Consulado-Geral do Brasil em Frankfurt realizou visitas consulares, em diferentes ocasiões, às nacionais no presídio, além de ter conduzido gestões junto às autoridades carcerárias e judiciárias locais para acompanhar o trâmite legal”, informou em comunicado.
Segundo o Itamaraty, ao longo do processo, junto ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, conduziu o envio das provas solicitadas pela Justiça da Alemanha por meio de cooperação jurídica internacional.