Brasileira relata medo e prateleiras de mercados vazias com chegada do furacão Milton, nos EUA

Professora de inglês cita medo por falta de alimentos e energia com passagem de tempestade

Por Bruno SoaresGabriel Alberto

Brasileira relata medo e prateleiras de mercados vazias com chegada do furacão Milton
Reprodução

A brasileira Rafaella Dantas, moradora de Orange County, nos Estados Unidos, revelou momentos de tensão com a iminente chegada do furacão Milton, na Flórida.

“Preparamos tudo o que podia estragar que estava na geladeira - carnes principalmente. Compramos ingredientes para fazer sanduíches e outras comidas basiquinhas que não precisam ir ao forno. Compramos também muito gelo e temos um cooler para não deixar nada estragar. Acho que como brasileira, essa é uma grande preocupação minha, deixar estragar/ desperdiçar comida”, disse.

Ela também contou que houve aglomeração e correria a mercados para a compra e estoque de alimentos.

“Na terça-feira à noite a fila do mercado estava quilométrica e o corredor de pães e água já estavam vazios. Ontem, quarta-feira, já não havia velas, lanternas, comida enlatada pronta, água ou papel higiênico. É meio assustador ir no mercado e ver tantas prateleiras vazias”, explicou.

Prateleiras de supermercado vazias nos Estados Unidos - Foto: reprodução

A professora de inglês comenta que está é a primeira vez desde que se mudou para Orlando, em 2022, que percebe a população local está com medo de uma tempestade tropical.

“Nos últimos dois anos, quando tinha um aviso de furacão ou tempestade, eu via que os ‘Floridians’, as pessoas que moraram aqui a vida toda, estavam bem sossegados, o que não é o caso agora. Tá todo mundo levando muito a sério esse aviso pela categoria do furacão”, comentou.

Dantas ainda acrescenta que nunca pensou que passaria por uma situação dessas na vida.

“É difícil pra mim, que nasci num “país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza”, imaginar o vento soprando a mais de 100km/h!”
Estradas vazias devido a passagem do furação - Reprodução: Reuters

Além de professora, Rafaella também possui uma página no Instagram onde compartilha diariamente a sua rotina nos EUA. Porém, devido à passagem do Milton, o dia a dia virou fora do comum.

“Nos últimos dois dias nós recebemos avisos da companhia de energia, da administração do condomínio, fizeram alertas de emergência no rádio e na televisão, interrompendo a programação normal, avisando que o furacão está vindo na nossa direção, dizendo que ele poderia chegar como categoria de 1 a 3”, comentou.

Além disso, ela também conta sobre as recomendações e atualizações que são passadas pelo governo da Flórida.

“Foi recomendando que a gente estoque comida e água para pelo menos três dias. A recomendação é três litros de água por dia por pessoa, então foi isso que tentamos seguir. Recebemos atualizações pelo celular também, avisando, por exemplo, que o governador da Flórida decretou estado de emergência”.

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