Yasmin Brunet compareceu nesta quarta-feira (26) no Palácio da Polícia Civil de São Paulo para denunciar Letícia Maia que a acusou de tráfico humano e aliciamento de mulheres para prostituição nos Estados Unidos. A modelo e influenciadora foi para a Delegacia de Crimes Cibernéticos do local para prestar esclarecimentos.
Durante o Brasil Urgente, o advogado da influenciadora, Robson Cunha, disse que fez boletim de ocorrência por crimes contra a honra, calúnia, difamação e ameaça. Além disso, ele esclareceu que só tomou a atitude de registrar boletim de ocorrência após os ataques que a modelo sofreu.
“É bom esclarecer que a Yasmin não faz parte de nenhuma organização criminosa ou algo do gênero. Ela participou da live e fez um comentário, durante esse comentário, uma das pessoas que estavam fazendo o registro da live se sentiu acusada ou ameaçada da Yasmin e fez tipos de acusações, dizendo que ela fazia parte de tráfico de pessoas", afirmou.
"No momento foi tão absurdo, que ela não se preocupou em fazer qualquer tipo de defesa. Mas a coisa tomou uma proporção tão grande que então, a Yasmin começou a ser atacada, procurada em função desse assunto então ela achou por bem vir aqui para estancar a situação e comunicar o crime à autoridade responsável”, pontuou.
A modelo, filha de Luiza Brunet, também compareceu à delegacia para deixar claro não tem envolvimento no caso. Recentemente, Letícia afirmou que fugiu de cativeiro feito pela modelo, para levá-la até os Estados Unidos, com Katiuscia Torres, conhecida por ‘Kat, a Luz’.
"Fui traficada e sequestrada, não pela Kat, mas pela Yasmin! Ela tem um esquema de prostituição aqui fora! A Desirrê está em poder dela", foi o que disse Letícia em vídeo, sobre Yasmin e Kat, se referindo à amiga Desirrê respeito da modelo, referindo-se também à amiga, Desirrê Freitas, que estaria desaparecida.
Após o vídeo e a repercussão, Yasmin se pronunciou pelas redes sociais. “Não vou nem comentar mais nada a respeito desse caso. Os meus advogados no Brasil e nos Estados Unidos estão tomando providências legais e cabíveis. As autoridades já estão investigando”, disse.
"Entrei nessa história buscando ajudar, mas agora vendo essa confusão que estão fazendo, entendi que buscam apenas atenção. Só que fazer isso envolvendo um assunto tão importante é chocante. Tráfico humano é um assunto grave, não é para brincar ou ganhar fama em cima. Quanto mais a gente banaliza, mais essas vítimas se tornam invisíveis, parte de um senso ficcional, sendo que esse mercado horrível existe, movimenta muito dinheiro em cima dos corpos das mulheres. Tráfico humano não é fanfic. É assunto sério e urgente", escreveu.
Veja a nota dos advogados de Yasmin Brunet:
"A modelo e influenciadora Yasmin Brunet deu entrada ontem (26) nas ações que visam reparar todos os danos que ela sofreu nas últimas semanas, devido às falsas acusações de tráfico humano. Ela compareceu à Delegacia de Crimes Cibernéticos para realizar, numa esfera criminal, a ação de responsabilizar as meninas que fizeram todo tipo de acusações levianas, inverídicas e irresponsáveis em relação à honra dela.
O delegado identificou ali, de forma preliminar, crimes de calúnia, injúria e ameaça praticados contra Yasmin. A partir de então, agora, vão ser objetos de um inquérito policial em que vai ser averiguado mais a fundo a ocorrência desses crimes. Concomitante a isso, a modelo também deu entrada na esfera cível nas ações de reparação de dano moral e material. Além de eventuais lucros cessantes, que são os trabalhos que ela possa ter perdido em razão do dano à imagem que ela sofreu.
Tudo isso visa não apenas uma reparação ao dano causado à imagem de Yasmin, mas que as pessoas também passem a ter a noção de que, mesmo sob o pseudo “anonimato”, os ataques que são feitos na internet geram consequências e que existem formas de localizá-las e responsabilizá-las por seus atos."