Volta às aulas em creche onde bebê morreu é marcada por medo e pedido de justiça

Reportagem da Band foi à creche onde o bebê de um ano e sete meses morreu e ouviu depoimentos de tristeza, medo e revolta de pais de alunos

Da redação

Bebê Enrico morreu em creche de São Paulo
Reprodução/TV Band

Depois da reabertura da creche onde o menino Enrico Braga Souza, encontrado morto num campo de futebol do Centro Educacional Unificado Meninos (CEU Meninos), zona Sul de São Paulo, pais demonstraram revolta devido à falta de segurança no local. Uma mãe desabafou à reportagem do Brasil Urgente.

“Eu não trouxe o meu filho hoje. Estou chocada com o que aconteceu porque foi irresponsabilidade”, contou uma mãe. “Aqui não tem segurança. As crianças ficam soltas, correndo. Não tem adulto. Não tem coordenadora para olhar a criança”, continuou.

A Band foi até a creche, durante a entrada dos alunos, ocasião em que filmou as crianças enfileiradas rumo à escola.

“O meu filho sempre chega machucado. A professora nunca falou o que é”, disse a mesma mãe ouvida pelo Brasil Urgente. Questionada sobre como foi saber da morte do menino Enrico, a mulher continua: “Eu fiquei em pânico. Você imagina, você que é mãe, deixar o seu bem maior numa escola onde deveria ter segurança”.

Outros pais e mães relataram temor pelos filhos. Muitos dizem que deixam os pequenos na creche porque precisam trabalhar. Outro quis entender como os profissionais da escola não prestaram atenção no menino Enrico, encontrado preso à rede do gol do campo de futebol da unidade.

Desde a última quarta-feira (30), as aulas do CEU Meninos estavam suspensas. Minutos antes da tragédia, imagens mostram o que seria Enrico, sozinho, em movimento no campo de futebol. A criança ficou cerca de 11 minutos presa à rede do gol.

Segundo o inquérito policial, Enrico só foi encontrado por uma professora de outra turma. Quando o socorro chegou, o bebê de apenas um ano e sete meses não respirava mais.

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