Guilherme Derrite, deputado e secretário de Segurança Pública de São Paulo, celebrou a aprovação do fim das saidinhas temporárias no Congresso. Agora, o projeto deve ir para sanção presidencial. Ao apresentador José Luiz Datena, Derrite citou no Brasil Urgente que a aprovação foi “um dia de vitória para o povo brasileiro”. 

O secretário citou há outras mudanças além do fim das saídas dos presos. “No projeto que aprovamos na Câmara e no Senado, não é só o fim da saída temporária, estamos dificultando a progressão de pena, voltamos a ter uma equipe multidisciplinar que vai avaliar a periculosidade do indivíduo e qual o potencial dele voltar a cometer delitos. Não só o bom comportamento”, afirmou. 

O fim das saídas temporárias para presos, segundo Derrite, não irá afetar a progressão de pena de presos de baixa periculosidade. “Para criminosos que cometem crimes de baixa periculosidade, que não são faccionados, a própria legislação permite que eles saiam para estudar ou trabalhe com carteira assinada, foi o que o Senado pediu e eu acatei. Precisamos ter uma válvula de escape para esses presos, que tem chance de recuperar”, pontuou. 

Ao comentar o caso do turista morto por um preso que estava em saída temporária em Itanhaém, no litoral de São Paulo, Derrite afirmou que ele comprova que as saídas não funcionam. 

“Esse caso comprova o estudo que mostra que durante o período das saídas temporárias, uma boa parte comete delitos, os indicadores criminais sobem durante o período. E o argumento dos que defendem a saída temporária, que só 5% não voltam, mas 5% de 35 mil, são quase 2 mil criminosos e não é fácil prender tanto criminoso”, comentou.