Vinícius Gritzbach “sabia muito do PCC”, diz diretora do DHPP

Empresário foi executado em um tiroteio no Terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos

Da redação

O empresário Vinicius Gritzbach foi executado em um tiroteio no Terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos nesta sexta-feira (08). Em entrevista ao Brasil Urgente, a diretora do DHPP, Ivalda Aleixo, afirmou que Vinícius pode ter sido executado porque “sabia muito sobre o PCC”. 

“Ele estava sendo exposto e vinha sendo ameaçado. Nas duas vezes que falamos com o Vinícius, ele dizia que acreditava que era alvo de integrantes do PCC. Ele agiu lavando dinheiro para o PCC”, relatou.  

A diretora do DHPP esclareceu que Vinícius Gritzbach era alvo de processos com o DEIC, relacionados a lavagem de dinheiro pelo crime organizado, e que havia dito que tentava uma delação premiada em agosto deste ano. 

“Ele sabia muita coisa do PCC e de lavagem de dinheiro, sabia de informações sobre onde estavam colocando esse dinheiro”, completou. 

Ivalda esclarece que, de acordo com testemunhas, havia quatro criminosos dentro do veículo de onde partiram os tiros que atingiram Gritzbach. A polícia afirma que o carro foi encontrado e está sendo preservado para a perícia. 

Além do empresário, outras três pessoas foram atingidas pelos disparos. Até o momento, não há informação sobre o estado de saúde delas. 

Mortes de ‘Cara Preta’ e 'Sem Sangue'

Segundo o Ministério Público de São Paulo, Gritzbach teria mandado matar dois integrantes do PCC, Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue, motorista de Anselmo. Na denúncia, o MPSP diz que o empresário mantinha negócios na área de bitcoins e criptomoedas.

Gritzbach era jurado de morte pelo PCC. Ele foi vítima de um atentado, na noite de Natal do ano passado, quando passava a data com a família. 

O empresário Vinicius Gritzbach delatou detalhes sobre a lavagem de dinheiro da organização criminosa, investigada pelo MPSP, que inclui os traficantes mortos Anselmo Cara Preta, Claudio Djoango e Rafael Maeda, o japa. Além de supostos empresários que, de acordo com a delação, participaram do sequestro de Vinícius: Danilo Lima, o tripa, e Robinson Granger, o Moly.

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