A namorada do empresário Vinicius Gritzbach prestou depoimento na sede do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). O homem foi executado na saída do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.
Ela, que estava com o delator do PCC no aeroporto, saiu do local antes da chegada da polícia. Mas foi ouvida pelos investigadores durante a madrugada e teve o celular apreendido.
Os policiais militares, que pertenciam à equipe de segurança da vítima, prestaram depoimento para a Polícia Civil e também na Corregedoria da PM. Eles não tiveram os nomes divulgados.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, eles foram afastados de suas atividades operacionais durante as investigações. “As corregedorias das polícias Civil e Militar apuram a atuação de seus agentes no caso mencionado”, declarou a pasta em nota.
Os policiais militares tiveram os telefones celulares apreendidos pela 3ª Deatur (Delegacia de Atendimento ao Turista). Após os depoimentos, eles foram liberados pela polícia.
Morte do delator do PCC
O empresário Vinicius Gritzbach foi atacado quando desembarcava de uma viagem para Goiás. De acordo com a delegada Ivalda Aleixo, o empresário era jurado de morte do PCC. O ataque a tiros foi realizado com fuzis e metralhadoras.
Vinicius Gritzbach, que negociava uma delação premiada com o Ministério Público, entregou esquemas do PCC e também denunciou extorsão envolvendo policiais civis de São Paulo.
O governador de São Paulo disse que tudo indica que o ataque a tiros na porta do maior aeroporto do Brasil esteja associado ao crime organizado. O MPSP disse que não vai se manifestar sobre o caso para não prejudicar as investigações.