Vinicius Gritzbach executado: empresário estava envolvido em trama de meio bilhão de reais

Ele estava jurado de morte e foi morto a tiros no Aeroporto de Guarulhos

Por Lucas Martins

Vinicius Gritzbach foi executado em SP
Reprodução/Band

A trama de R$ 500 milhões que envolve traição, emboscada e ao menos seis mortes. Entre elas, a de Anselmo ‘Cara Preta’, apontado como um dos mais ricos comerciantes de drogas ligados ao PCC.

O assassinato do empresário do ramo imobiliário, que era investigado pela polícia como o mandante da morte de Cara Preta, Antonio Vinícius Gritzbach chegou a ser denunciado pelo ministério público e iria a júri popular junto com o agente penitenciário David Moreira.

Cara preta e Sem Sangue foram executados numa praça do Tatuapé no dia 27 de dezembro de 2022. O homem que atira, de acordo com a polícia, é Noé Shaum, ex-presidiário conhecido de David. Noé foi assassinado pelo tribunal do crime e teve a cabeça decepada e jogada na mesma praça menos de um mês depois.

A polícia diz que cara preta investiu meio bilhão de reais em imóveis e criptomoedas. Vinícius, apresentado a ele por um dentista, foi intermediário do negócio. Uma queda significativa do valor das bitcoins provocou uma briga entre eles, e ainda de acordo com a investigação do dhpp, Cara Preta começou a pressionar Vinícius para ter o dinheiro de volta e fez ameaças a ele e à família.

O empresário do ramo imobiliário teria, então, acionado o agente penitenciário David Moreira para contratar um matador. Os dois sempre negaram o crime. A defesa de Vinicius protocolou um documento de 167 páginas apontando falhas na investigação, inclusive a retirada de nove celulares de cara preta que estavam na cena do crime.

Dias depois do assassinato, Vinícius foi sequestrado por empresários ligados ao PCC, eles queriam o dinheiro do traficante morto. Dois dos envolvidos neste sequestro foram encontrados mortos.

Vinicius chegou a ficar preso pouco mais de quatro meses, mas respondia ao crime em liberdade. Ele voltou a ser sequestrado no fim de 2023, teria sido levado por dois homens que se identificaram como policiais civis a uma casa na Vila Matilde onde conversou com um traficante e depois foi deixado de volta em casa pelos mesmos homens, que não foram identificados.

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