O vereador Marcelo Diniz (Solidariedade), do Rio de Janeiro, teve a casa atacada com tiros de fuzil. Câmeras de segurança flagraram o crime. O pai do político e outros dois homens estavam no local, que também é um bar da família, quando um homem efetuou os disparos. Um deles foi atingido na perna.
Marcelo não estava no local no momento do ataque, na última sexta-feira (25). Depois do episódio, o parlamentar mostrou as marcas dos disparos nas redes sociais.
“Dois, três, quatro, cinco, seis, sete..., tudo tiro agrupado na minha casa, onde mora a família. Estão querendo me matar. Como não conseguem, matam minha família”, relatou o vereador.
Segundo a Polícia Militar do Rio de Janeiro, os bandidos fugiram para uma área de mata. Os agentes apreenderam carregadores de pistolas e munições. Já a Polícia Civil investiga a motivação do crime.
O episódio aconteceu na comunidade da Muzema, zona Oeste. A região é alvo de disputas entre traficantes e milicianos. Atualmente, é dominada pela principal milícia do Rio, o “Bonde do Zinho”.
“Na zona Oeste, não é à toa que tem a maior homogeneidade das milícias, onde quem controla, sempre controlou é a milícia e não facção de tráfico. A própria expansão urbana veio com a expansão das milícias. Esse é o cenário que temos nesse momento”, relatou o sociólogo Daniel Hirata, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF).
No início do mês, o ex-vereador Jair Barbosa Tavares, o Zico Bacana, foi executado na zona Norte do Rio. A principal linha de investigação do crime é que a morte teve relação com as disputas entre milicianos. Ele foi apontado pela CPI das Milícias como chefe de um grupo paramilitar em Guadalupe.