Três conhecidos funkeiros foram alvos da operação policial em São Paulo. Nas redes sociais, os artistas que acumulam cerca de treze milhões de seguidores expõem rotinas de luxo e ostentação.
A investigação apura uma complexa rede de crimes envolvendo a promoção de rifas ilegais por meio de redes sociais. Esses sorteios prometiam grandes prêmios e geraram lucros milionários, divididos entre os organizadores.
De acordo com a investigação, parte desses recursos foi usada para pagamentos de propinas a policiais civis, com o objetivo de interromper ou evitar apurações de jogos e rifas ilegais contra os funkeiros. Um investigador de Santo André, na Grande SP, foi preso.
De acordo com a investigação, ele seria a peça central da rede criminosa que demonstrou estrutura organizada com o uso de empresas para movimentação de recursos e articulação entre empresários, artistas e agentes públicos. Segundo a promotoria, isso evidencia a prática de corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e exploração de jogos de azar.
Outros policiais também são suspeitos de receber propina. Segundo o MP, o esquema envolvia o pagamento de propinas que variavam de R$ 20 mil até R$ 100 mil para que policiais civis evitassem investigações.
Até relatórios confidenciais foram enviados para pressionar os investigados. A polícia federal também identificou mensagens de WhatsApp que mostram as negociações ilícitas. A primeira fase da operação, em março, já havia bloqueado mais de R$ 60 milhões em bens. Duas produtoras de funk foram alvos de investigação de lavagem de dinheiro do crime organizado.