Vinicius Gritzbach, jurado pelo PCC, é morto em tiroteio no Aeroporto de Guarulhos em SP

Empresário era jurado de morte pela facção. Ele era apontado como "lavador" de dinheiro e estaria envolvido na morte de liderança do PCC

Da redação

O empresário Vinicius Gritzbach foi executado em um tiroteio no Terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos nesta sexta-feira (08). A ação, com pelo menos 30 tiros, feriu outras três pessoas, mas que não correm risco de morte. A identidade da vítima foi confirmada pelas autoridades de segurança de São Paulo. 

O repórter Marcelo Moreira afirmou que, segundo suas fontes, esse ataque foi uma execução após o empresário delatar um grande esquema do crime organizado. Ele estava desembarcando no aeroporto depois de uma viagem internacional. 

Segundo o Ministério Público de São Paulo, Gritzbach teria mandado matar dois integrantes do PCC, Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue, motorista de Anselmo. Na denúncia, o MPSP diz que o empresário mantinha negócios na área de bitcoins e criptomoedas.

Ele também seria parte do setor de lavagem de dinheiro do PCC, segundo investigações do Ministério Público de São Paulo. O MPSP afirmou Vinícius teria ajudado a colocar no mercado formal até R$ 2 bilhões de empresários ligados ao PCC

Gritzbach era jurado de morte pelo PCC. Ele foi vítima de um atentado, na noite de Natal do ano passado, quando passava a data com a família. 

O empresário Vinicius Gritzbach delatou detalhes sobre a lavagem de dinheiro da organização criminosa, investigada pelo MPSP, que inclui os traficantes mortos Anselmo Cara Preta, Claudio Django e Rafael Maeda, o Japa. Além de supostos empresários que, de acordo com a delação, participaram do sequestro de Vinícius: Danilo Lima, o tripa, e Robinson Granger, o Moly.

Polícia localiza carro usado por criminosos após execução

A Polícia de São Paulo localizou o carro utilizado por criminosos que executaram o empresário Vinícius Gritzbach no Aeroporto de Guarulhos. Os criminosos usaram fuzis 762 para executar a vítima.

O carro, um Gol preto, foi encontrado apenas 6 km de distância do aeroporto. Os criminosos estavam fugindo para a zona norte de São Paulo e poderiam acessar a rodovia Fernão Dias. O carro foi localizado pelo 3° batalhão de Choque de São Paulo e foram encontrados coletes à prova de balas e munição de fuzil.

Atentado no Natal

Antes de ser morto no aeroporto, Vinicius Gritzbach sofreu um atentado em casa durante o Natal. O empresário estava na sacada de seu apartamento no Jardim Anália Franco, bairro nobre da zona leste de São Paulo, quando foi alvo de um tiro, que acabou não atingindo ninguém. 

Segundo a polícia, o disparo foi feito de um prédio em frente, a partir de um apartamento que fica a poucos andares acima do de Gritzbach.

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