Onde estará o homem apontado pela Polícia Civil de São Paulo como o coautor do homicídio contra Vinícius Gritzbach? Kauê do Amaral Coelho, de 29 anos, que chamou atenção dos investigadores pelo comportamento estranho na área de desembarque do Terminal 2 do Aeroporto Internacional de Guarulhos, chegou a avisar o irmão que, muito possivelmente, a polícia o procuraria.
Numa imagem captada seis minutos após a execução, Kauê aparece do lado de fora do aeroporto andando de um lado para o outro, com o que parece ser um ticket de estacionamento.
Segundo a força-tarefa montada para desvendar quem matou Gritzbach, delator do PCC, Kauê chegou ao maior aeroporto do país uma hora antes da vítima desembarcar com a namorada e os dois seguranças. Às 15h03, ele é visto numa lanchonete dentro do saguão. Quando o empresário chega, o suspeito passa a acompanha-lo, mesmo de longe.
“Fica nítido o comportamento dele quando Vinícius sai e se desloca para a saída. Ele fica acompanhando atrás, de posse do celular, falando com alguma pessoa. A concretização é o momento em que ele aponta olhando para o carro dos executores. Ele aponta para o Vinícius”, contou o secretário de Segurança de São Paulo (SSP-SP), Guilherme Derrite.
Esconderijo no RJ?
A polícia também investiga com quem Kauê fala ao celular durante o tempo em que permanece no aeroporto. Informações de que o olheiro dos executores estaria escondido numa comunidade do Rio de Janeiro chegaram a Derrite, que não descarta tal possibilidade, mas também suspeita de que a notícia tenha sido plantada para despistar.
Recompensa de R4 50 mil
A SSP-SP oferece uma recompensa de R$ 50 mil para quem tiver informações concretas sobre o esconderijo de Kauê. Na última terça-feira (19), foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao suspeito na região do Jaraguá, na Zona Oeste de São Paulo.
Policiais afastados
A força-tarefa não descarta o envolvimento de policiais na execução de Gritzbach, mas, de acordo com o que foi divulgado, até o momento, não há indícios de materialidade que os coloque na cena.
Ao todo, 13 policiais continuam afastados das funções, entre oito militares que faziam escolta particular de Gritzbach e cinco civis que aparecem na delação premiada da vítima.
