O principal suspeito de estuprar e matar a menina Edgary Camacho Blanco, de sete anos, segue desaparecido. Com 65 anos, o homem foi visto pela última vez quando saía de casa, com malas e sacolas, pouco antes da vítima ter sido encontrada debaixo de uma cama no barraco onde ele residia, em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo.

A casa onde Edgary foi encontrada fica a cerca de 20 metros de onde ela morava com a família. O irmão da vítima disse que, no barraco, havia fotos de crianças e brinquedos. O imóvel de madeira foi destruído por vizinhos revoltados com o crime.

Segundo moradores, o suspeito morava na ocupação há apenas um mês e não era conhecido dos vizinhos. O presidente da associação de moradores o levou para morar na região.

Antes do crime, devido ao calor, a menina e outras crianças da comunidade brincavam com uma bacia de água. No final da tarde, sentiram falta da menor. Ela faz parte de uma comunidade venezuelana que mora na ocupação.

O pai de Edgary pediu ajuda de familiares e vizinhos para a busca. Eles entraram nas casas que estavam fechadas. Em uma delas, o irmão da garota a encontrou, parcialmente, despida, com ferimentos pelo corpo e sinais de violência sexual.

Edgary chegou a ser socorrida para um hospital da região, mas não resistiu. Como a menina tinha sinais de violência e fraturas múltiplas, os médicos da unidade acionaram a polícia.

Edgary completaria oito anos em novembro. A pequena e família moravam na comunidade há dois anos. O corpo dela foi velado no Cemitério Caminho do Céu, em Itaquaquecetuba. Dezenas de amigos e familiares foram prestaram homenagens à garotinha. 

O caso foi registrado na delegacia central da cidade como homicídio e estupro de vulnerável. O setor de homicídios e proteção à pessoa de Mogi das Cruzes investiga. Já identificado, o suspeito é procurado pela polícia.