As últimas madrugadas em São Paulo foram de temperaturas na casa dos 10 graus. Mas a sensação térmica era de que estava ainda mais frio do que o que diziam os termômetros, principalmente para quem vive em situação de rua e na maioria das vezes não tem como se proteger das baixas temperaturas.

Duas pessoas foram encontradas mortas na região central de São Paulo, na manhã de sexta-feira. 

A suspeita é de que as mortes sejam decorrentes das baixas temperaturas. Policiais militares e profissionais do SAMU localizaram um homem já sem vida, no Largo do Arouche. 

Como não foi possível identificar a causa da morte no local, o caso foi registrado como morte suspeita no segundo DP, que atende a região. Na madrugada anterior, a capital bateu recorde de frio, média de 11 graus.

De acordo com a prefeitura de São Paulo, o homem estava sendo acompanhado por equipes do serviço especializado de abordagem social do território, desde março deste ano. Mas ele tem passagens no serviço da rede sócio assistencial desde 2020. 

Já na região do Brás, também no centro da capital paulista, um homem de 33 anos foi encontrado morto pelos bombeiros. Policiais militares foram até o local.  A morte também foi registrada como suspeita e está sendo investigada pelo oitavo DP. 

Exatamente por causa das baixas temperaturas, principalmente durante a noite, e que devem permanecer até pelo menos o início da próxima semana, a defesa civil do estado vai manter aberto o abrigo solidário, na estação Pedro II do metro, no centro da capital paulista. Aqui são entregues colchões, cobertores e refeições gratuitas. 

O local tem capacidade para receber até cem pessoas por noite. E funciona sempre entre sete da noite e oito da manhã do outro dia. Esta sede vai ficar aberta até pelo menos o próximo dia 3. A entrada do abrigo solidário é pela estação Pedro II do metro.