'Sou entusiasta da saída temporária', defende novo secretário Mário Sarrubbo

Futuro secretário de Segurança Pública afirmou que é preciso aperfeiçoar benefício para evitar crimes durante liberação de presos

Da redação

O novo secretário de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, conversou com o apresentador José Luiz Datena nesta quinta-feira (18) e defendeu a concessão do benefício das ‘saidinhas temporárias’, como a de Natal e em outros feriados. Sarrubbo foi escolhido pelo novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, para o cargo. 

Segundo Sarrubbo, a pena criminal prevê a ressocialização do criminoso, previsão do crime e faz parte de um sistema que deve ser bem aplicado. Ele afirmou ser entusiasta da saída temporária. “Apenas 4% não voltam, acabamos vendo nesse meio tempo casos muito graves, acho que a partir daí precisamos trabalhar esses conceitos, para tomarmos as melhores decisões”, pontuou. 

Apesar das falhas na concessão do direito à saída temporária, Sarrubbo afirma que é preciso manter  a saidinha. “Mas precisamos manter o direito, ele é muito significativo para a ressocialização, mas bem concedido para evitarmos mortes e outros crimes. Precisamos aperfeiçoar mecanismos e tomar decisões corretas”, disse. 

Gaeco Nacional

Mário Sarrubbo afirmou que pretende criar um Gaeco Nacional, inspirado no Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo. Durante a entrevista, Sarrubbo informou que o principal desafio da Segurança Pública é aliar os trabalhos de inteligência das forças de segurança para combater o crime organizado e o tráfico de drogas. “Vamos seguir e avançar com inteligência e informação. O crime está bem organizado e precisamos desorganizar o crime e precisamos nos organizar para isso”, afirmou. 

“É por isso que precisamos compreender as realidades do país, as prioridades de cada estado e construir um sistema e pensar nas informações e em um trabalho de inteligência e trazer a esse trabalho todas as forças de estado", explicou. 

Segundo Sarrubbo, é preciso aliar todas as forças de segurança, e a Justiça. "Digo polícias, Polícia Federal e Ministério Público Federal, prioritariamente também todos os procuradores de Justiça para o sistema, para trabalhar de forma conjunta. Pensamos em um Gaeco nacional que possa contar com todas as forças”, disse.  

“A organização criminosa tem lucro, faz a lavagem de dinheiro, que é âmbito nacional, mas a organização está no âmbito estadual, então esse fluxo de informações precisa ser mais rápido”, pontuou.