Saidinha temporária: 50 mil presos deixam a cadeia mesmo com nova lei

Tribunal de Justiça aponta que norma antiga que garante benefício ainda vale em São Paulo

Por Lucas Martins

A remuneração dos ingressantes na Secretaria da Administração Penitenciária será de R$ 3,5 mil
Divulgação/ Governo de SP

A lei mudou, mas a realidade segue a mesma. Cerca de 50 mil presos deixaram as cadeias do estado de São Paulo na 'Saidinha de Santo Antônio'. A lei que acaba com a saída temporária no Brasil chegou a ser vetada pelo presidente Lula, mas o veto foi derrubado no fim de mano. Segundo o Tribunal de Justiça ainda segue valendo uma portaria estadual que regulamenta a saidinha.

Quando a nova lei entrar em vigor, terão direito às saidinhas apenas os presos matriculados em cursos profissionalizantes no ensino médio ou superior, com trabalho fixo fora da prisão, caso não haja oportunidades de trabalho dentro da unidade prisional. 

O Tribunal de Justiça de São Paulo não informou quantos presos atendem a estes requisitos e não quando as novas regras serão colocadas em prática. Entre os presos que deixaram a cadeia nesta terça-feira (11) estão Gil Rugai, condenado por matar o pai e a madrasta, Cristian Cravinhos, que matou os pais de Suzane Von Richtofen ao lado do irmão, Daniel e Lindemberg Alves, que matou a namorada Eloá Pimentel. 

A Secretaria de Administração Penitenciária tem contrato para monitorar apenas 8 mil presos com tornozeleira eletrônica em São Paulo.

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