Uma tragédia marcou o futebol brasileiro nesta segunda-feira (10). A palmeirense Gabriela Anelli, de 23 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu após ser atingida por estilhaços de vidro no pescoço durante uma confusão entre torcedores de Palmeiras e Flamengo.

Ela estava hospitalizada desde o último sábado (8), quando sofreu a violência nos arredores do Allianz Parque, antes de jogo válido pelo Campeonato Brasileiro.

Gabriela era a caçula da família e dividia a paixão pelo Palmeiras com o irmão, Felipe Anelli. De acordo com o pai, a garota sempre ia aos jogos do Alviverde. “Era a diversão dela nos fins de semana. Forma que se encontrou... ela gostava do Palmeiras. A vida dela era essa”, disse.

Futebol, porém, não era a única paixão da garota. Segundo a família, Gabriela adorava surfar nas horas livres. Ela até tinha vontade de se profissionalizar na modalidade, mas não pôde dar sequência à carreira por causa de um problema no coração desde quando era criança. Ela passou por uma cirurgia com dois meses de vida por causa desse problema de saúde. 

Gabriela sempre foi a minha luz, a minha vida, a minha menininha. Lutadora desde pequena com um problema de saúde. Lutou até o último momento [quando nasceu]. Ela tinha tudo para viver, porque não foi o problema de saúde que matou ela. Foi uma garrafa que cortou [a veia] jugular dela – mãe de Gabriela Anelli.

Gabriela Anelli trabalhava com crianças

De acordo com a família, Gabriela pretendia se tornar técnica em informática (TI) e, enquanto isso, trabalhava cuidando de crianças especiais em uma escola no Taboão da Serra, na região metropolitana de SP.

Ela fazia ações sociais, Dia das Crianças, Páscoa. Ela estava sempre ali. Sempre ajudando, amando o time dela [Palmeiras]. É lamentável o que aconteceu – mãe de Gabriela Anelli.