Presos do semiaberto são flagrados curtindo a praia no litoral de São Paulo

Brasil Urgente flagrou presidiários que deveriam trabalhar na limpeza da orla de Praia Grande usando drogas, mexendo em celulares e até indo em motel

Felipe Garraffa

Depois do Brasil Urgente revelar que presos do regime semiaberto de Mongaguá, no litoral de São Paulo ao invés de trabalhar, usavam drogas, mexiam em celulares e até iam para um motel, o programa flagrou mais uma irregularidade. 

Dessa vez, a equipe acompanhou um ônibus da prefeitura de Praia Grande, que busca presos do Centro de Progressão Penitenciária de São Vicente. Ao chegarem no local de trabalho, há o descontrole da situação. Sem fiscalização, os detentos vivem em aparente liberdade. 

Em outro flagrante, os presos já trocaram de uniforme, alguns usam, outros não - o que não é permitido. A falta de fiscalização é tão grande que um preso, sem camiseta, foi dar um mergulho no mar e volta tranquilo, numa boa. Ele usa uma tornozeleira eletrônica.

Nas imagens é possível ver uma mulher de camiseta branca se aproximando de um dos presos, e conversando por alguns minutos. Não há ninguém da prefeitura de Praia Grande ou da Secretaria da Administração Penitenciária por perto. 

A conversa segue amistosa, até que ela abre uma sacola, entrega alguns itens e o criminoso coloca em uma mochila. Na hora de ir embora, porém, não há qualquer tipo de revista. Todos sobem no ônibus e retornam para o CPP de São Vicente.

Governo confirma problemas em presídios do litoral paulista

Os problemas dentro dos dois centros de progressão penitenciária de Mongaguá e São Vicente estão sendo mostrados também no site do próprio governo do estado. Eles colocam as capacidades dos presídios e confirmam a superlotação. Em Mongaguá, por exemplo, são 700 presos a mais do que deveria e em São Vicente quase 200. 

Em nota, a prefeitura de Praia Grande afirma que conta com as direções dos presídios citados e da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária para manter o bom andamento dos contratos. Disse ainda, que guardas municipais acompanham, dentro da programação dos agentes, o desenvolvimento da prestação de serviço. E que a SAP coloca veículos descaracterizados para realizar ações pontuais.

A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou em nota que: “antes mesmo dos fatos serem alvo de reportagem, já vinha investigando essas ocorrências na Baixada Santista. No caso dos presos flagrados no motel, foi a própria SAP que chamou a Polícia Militar, que os prendeu na hora, além de todos ali envolvidos perderem o direito ao regime semiaberto – regredindo ao fechado”.

Veja o primeiro flagrante do Brasil Urgente:

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